Today I’m staring at this blank page and I don’t know where to start. Maybe with a thank you: thank you for all your comments on last week’s essay. The discussion was a bit scattered between blog post, facebook posts, emails you sent me, even phone calls you made to tell me your stories of success, assertiveness, leadership and likability. It feels like the discussion hit a nerve.
Everyone – and I mean everyone who wrote me, called me or left a comment – had a similar, personal story to tell. Either of being considered aggressive or arrogant when speaking their minds, or of toning down an opinion with the fear of coming across as disagreeable.
It feels like this isn’t an isolated event, or that it only happens every now and then. It feels like it’s a fact of life: if you speak your mind, you won’t be liked by your colleagues, either male or female.
So here it is: we are part of this problem when we judge women harshly, when we expect women to behave in a certain way. When we say that a female candidate for a leadership position does not have the right profile for it. Does she not? Maybe she does, maybe she doesn’t, but we have to ask ourselves what we would do if that same candidate was male. Would we think the same?
(As a side note: we will be having presidential elections soon and I would like to see a woman in office. Will it happen this time around? I have my doubts. When discussing this with others, I’ve heard often that our female candidates don’t have the profile for it. Do they not? Or do they lack the “right” gender?)
Anyway, we still have a long way to go and it’s our job (men and women) to work towards equality. (If you haven’t yet, read the book.)
…
I’ve been carving our time before meetings, while waiting for the bus, between projects, to go out on the street and make a quick sketch. I love sketching, but for some reason I’m not sure I understand, I have to make a conscious effort to get my sketchbook out and do what I love. Isn’t it funny, resisting what makes us feel happy and accomplished?
So instead of grandiose plans of masterpieces, now I aim for quick sketches. It doesn’t take much: just leave the studio 10 minutes before I would have to in order to be on time, and then spend those extra minutes sketching something. No pressure. This, alone, has made me sketch more in the last few weeks than in the years before.
How about you? Do you sketch? I like sharing my sketches over on Instagram, and seeing everyone’s sketches, too, so if you want to connect over there, do let me know your Instagram username.
…
You’ve heard me talk (more than once, ahem…) about the air embroidery e-course. The template I used to teach the different stitches is a holiday wreath, so if you’re looking for a holiday project for the weeks ahead, do register for the free course (and invite your friends to do the same, too!) and receive that template free, as part of the learning materials.
(If a holiday wreath isn’t your thing, you can get an alternate embroidery template of a sketch inspired by my hometown of Lisbon.)
Have a great week – happy stitching!
Hoje olho para esta página em branco e nem sei por onde começar. Talvez com um agradecimento: obrigada por todos os mails, comentários e até telefonemas sobre o post da semana passada acerca de sucesso, assertividade, liderança e “gostabilidade” no feminino. Pelo que entendo, não sou a única pessoa a ter sido tocada pelo assunto.
Todos vocês que deixaram um comentário, me escreveram um mail ou até me ligaram têm uma história pessoal para me contar. As histórias, todas diferentes, são também todas iguais: foram consideradas como agressivas ou arrogantes ao dar uma opinião, ou suavizaram-na – ou até mesmo a calaram – por medo de parecer desagradável.
Sinto que não são eventos isolados que acontecem muito de vez em quando. Na verdade, parece até ser um facto da vida que se por acaso uma mulher falar firmemente sobre a sua opinião poderá baixar na estima dos colegas que a rodeiam, homens ou mulheres.
Por isso, também nós, mulheres, somos parte deste problema quando julgamos as mulheres de forma mais áspera, quando esperamos que as mulheres se comportem de uma determinada forma. Ou quando dizemos que uma candidata a uma posição de liderança não tem perfil para esse lugar. Será que não? Talvez sim, talvez não, mas temos de parar um instante e perguntar-nos com muita honestidade, que diríamos se fosse um candidato com um perfil semelhante? Pensaríamos a mesma coisa?
(Abro um parêntesis para vos dizer que, com eleições presidenciais à porta, gostaria muito de ter uma Presidente da República. Será que acontece desta vez? Duvido. Aliás, ao discutir este assunto com outras pessoas à minha volta, já ouvi várias vezes a resposta de que “não têm perfil”. Será que não? Ou simplesmente são do género “errado”?)
Enfim, ainda temos um longo caminho pela frente e é responsabilidade de todos, homens e mulheres, trabalhar para a igualdade de género. (Se ainda não o fez, leia o livro.)
…
Tenho andado a esforçar-me por criar pedacinhos de tempo antes de reuniões, ou de voltar para casa, para sair à rua e fazer um desenho. Adoro desenhar, adoro desenho de observação, mas por uma qualquer razão que não sei bem se entendo, tenho de fazer um esforço consciente para agarrar no bloco de desenhos e fazer algo que adoro. Não é bizarro? Resistirmos tanto ao que nos traz felicidade e uma sensação de realização?
Em vez de planos grandiosos de obras primas, agora esforço-me por fazer desenhos rápidos. A logística não é complicada: basta sair com dez minutos de tempo para os gastar a desenhar num sítio qualquer, sem pressão. Só com esta estratégia tenho feito mais desenhos nas últimas semanas que nos últimos anos.
E o meu caríssimo leitor? Desenha? Gosto de partilhar os meus desenhos no Instagram, e adoro ver os desenhos de todos, por isso se assim desejar podemos “encontrar-nos” lá. (Não se esqueça de me dar o seu username no Instagram para poder ver os seus desenhos!)
…
Já aqui mencionei (mais que uma vez, aham…) o curso de bordado. A receita que escolhi para ensinar os diferentes pontos é bem apropriada agora para a época das festas, pois é uma coroa de Natal. Se tiver interesse e quiser experimentar, inscreva-se no curso (e convide os seus amigos também a inscrever-se!) e receberá a receita gratuitamente, como parte dos materiais pedagógicos.
(Se não tiver vontade de bordar uma coroa de Natal, há uma receita alternativa, com um desenho baseado numa ilustração minha de Lisboa.)
Votos de boa semana e bons bordados!