Category: Creativity Series

Creativity Series: Camilla Tincati

Lufthansa - Flying over the Dolomiti
Image: Lufthansa flying over the Dolomiti, by Alessandro Gottardo, Shout.

Hello everyone!

Today we celebrate the Three Wise Men and, with it, the end of the Holiday Season. It was a fantastic couple of weeks but I’m also very happy to be back to work.

You may be asking why? And that is because today I will share with you Camilla Tincati’s view of creativity. Camilla is a medical doctor and a scientist working at the Department of Health and Sciences of the University of Milan. She is also a friend of a friend, and we met last Summer, here in Lisbon, for an evening of lots of conversations. I had a lot of fun meeting Camilla and Alex (her husband and author of the wonderful illustration above, you can check Alex’s portfolio here) and am very happy to share her view on this topic I am so passionate about.

Thank you, Camilla and Alex, for your thoughts and wonderful art!

*

Creativity is finding a way to overcome an obstacle, inventing a tool to solve a problem.

Creativity is the essence of mankind, it is what makes us different from other species.

Creativity is conceiving an idea.

*

Thank you, Camilla! Loved reading your view, specially where you state – and I fully agree – that creativity is the essence of mankind.

Have a great 2014, Camilla, Alex and everyone!

This post is part of my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!

Creativity Series: Sónia Ó

Sónia-Ó
Photo by Sónia Ó, Macau 2011

My guest this week is my childhood friend Sónia Ó. Sónia is an expert in marketing and has just relocated across continents from Asia to the UK. She is multilingual and multicultural, a foodie (back in Macau, she was always the one who would place the orders in restaurants – that’s how much we love and trust her choices!) and we have been friends for many, many years.

I’m so happy she accepted my invitation to share her view on Creativity and I’m glad I get to share it here with you.

Thank you, Sónia!

*

When Ana invited me to write in this Creativity Series my first reaction, like some of us, was “me?!” But I like a challenge, so maybe I can say something about creativity.

I have been working in Marketing for more that 13 years, some people call us “marketeers” but I see myself as a project manager. In all the organizations I worked for, they always required a multitasker, a problem solver, a person that would get things done (what the Portuguese would describe as a “desenrascada”). Well, looking back maybe I was the one choosing this type of jobs.

For me, a project is always a challenge, big or small, it was never the same and to complete that challenge I always have to be creative. How to convince the designer to work over time and be happy about it? How to get the Chinese colleagues to understand the mindset of the American boss? How to manage a tiny budget and still get 100,000 visitors to the client’s website? How to deliver an advertising proposal in 2 days? Just by managing my daily schedule to accomplish all the tasks, I had to be creative.

A month ago, my husband and I moved to Oxford, he was offered a new position in the UK and we decided to take this challenge. Although we are used to moving around, there was a certain level of risk. So, how does creativity link to this? Well, first of all you need to figure out how to get 3 years of “stuff” into 2 cubic metres, then manage the agenda of farewell coffees, teas and very long meals, make sure you don’t forget anything on your several To Do lists, but the most demanding of all, is creating ways to handle your emotions. This doesn’t mean that they are all bad emotions, they are just too many all at the same time.

The way I cope with the most difficult ones – the unpredicted, risk and fear – is visualizing the different scenarios, a kind of storytelling in my mind, but always with a positive attitude.

I think we can be creative, it is just up to us.

*

Thank you Sónia! I’m wishing for a smooth integration in your new life in a new country!

This post is part of my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Would you like to receive these posts in your inbox? Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!

Creativity Series: Mariana Ramos

Mariana-Ramos

Sobre as imagens: montagem feita com fotografias de três gravuras, as duas primeiras com técnica de água-forte e a terceira com técnica de papéis colados.

Esta semana, quem nos vem falar sobre criatividade é a Mariana, que “também calha” a ser minha Mãe. Posso então dizer que é “amiga de infância” e que “já a conheço há mais de trinta anos”, e não estou a mentir.

A minha Mãe é reformada, depois de uma carreira como professora de Românicas aos alunos dos 5º e 6º anos, com um intervalo macaense em que deu aulas de português na escola luso-chinesa.

Eu acho que a minha Mãe é uma pessoa muito criativa: por um lado, educou, distraiu e geriu conflitos entre três irmãs (nós) durante bastante tempo. Mais tarde, já eu estava mais virada para as artes, decidiu inscrever-se num curso de gravura, onde produziu obras muito interessantes.

Hoje em dia, para além das “responsabilidades de Avó” (e da gestão de conflitos na nova geração!), a minha Mãe voltou a dedicar-se ao tricot, que hoje é assunto que nos tem bastante ocupadas e sobre o qual trocamos muitas ideias.

Mas a criatividade da minha Mãe evidencia-se em muitos outros aspectos… Vamos então “ouvir” o que nos conta a minha Mãe sobre criatividade. Obrigada, Mãe!

*

Quando fiz a minha educação formal, a criatividade andava muito arredada dos currículos.

Durante muito tempo, não tive consciência de que existia…

Senti-lhe muito a falta durante o tempo de liceu, sem ter consciência disso.

Sobretudo na faculdade, a análise de textos levou-me a descobrir a dos outros…

Mais tarde, como profissional, incentivava a dos meus alunos.

Já na quarta década de vida, alguém me desafiou para exercitar a minha criatividade. Mas como, se eu não tenho nenhuma?, contrapus. Um erro! Toda a gente a tem!, responderam-me.

O âmbito em que a minha criatividade se iria revelar era o da gravura. E não é que a primeira obra, feita com a técnica de colagem de papel, foi logo muito bem sucedida, de acordo com a opinião da professora e de expertos que a apreciaram? Incentivada por este “sucesso”, continuei a fazer gravura, explorando outras técnicas. O par de anos em que tive esta actividade foi um tempo de felicidade. Até ao momento em que os meus conhecimentos de desenho me pareceram insuficientes e resolvi inscrever-me num curso específico. Contingências várias não me permitiram continuar, nem com desenho nem com a gravura. Mas ficaram obras… E a consciência das minhas capacidades criativas!

Hoje em dia, considero-me criativa. Por um lado, creio que alarguei o âmbito do conceito, por outro, o tempo que passa, as pessoas que conhecemos e nos marcam, as experiências que vamos vivendo permitem-nos a aquisição de capacidades e competências de cujo domínio nos julgávamos incapazes.

Dou por mim, muitas vezes, a criar as histórias de vida de pessoas com quem me cruzo na rua e que por qualquer razão me impressionam. Há uma senhora que às vezes está sentada num murete aqui mesmo, em frente de casa, e que outras vezes vejo no jardim, ou na igreja: interpela os transeuntes, muitas vezes com palavrões, outras vezes canta (tem uma linda voz). Há nela, manifestamente, um grão de loucura. O que o terá provocado? Como vive? Com quem vive? Foi sempre assim? Ou já foi uma cidadã responsável? Na minha imaginação, encontro respostas para todas estas perguntas e construo a personagem, contextualizo-a e crio a sua história de vida.

Também na cozinha me considero bastante criativa. Não, não pensem que sou (ou me julgo) uma chef gourmet! Mas gosto muito de inventar pratos! Sou incapaz de seguir à letra uma receita: nem nas quantidades, nem nos ingredientes, nem nas instruções. Leio a receita, tiro a ideia e faço-a ao meu jeito. Mas o melhor mesmo é quando não tenho a mínima ideia do que vou cozinhar, abro o frigorífico, vejo o que tenho e improviso. Como hoje, ao jantar!

*

Obrigada, Mãe! (Já agora que ninguém nos ouve, adoro os teus “improvisos” culinários!)

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Filipa Coelho

Filipa-Coelho

Imagem: fotomontagem com fotografia de Luís Pedro Bento e desenho de Joana, 6 anos.

Esta semana, vamos ler a perspectiva da Filipa Alves Coelho, uma urbanista empreendedora que se lançou a organizar, juntamente com uma parceira, o Projeto Com Voz. Ao notarem que havia pouca alternativa no que toca a actividades para a terceira idade, decidiu lançar cá em Lisboa um coro para vozes maduras com um repertório muito especial. Vale a pena acompanhar as actividades do Projeto Com Voz na preparação para o seu primeiro concerto!

E agora passo a palavra à Filipa, que nos conta como define criatividade.

*

cri·a·ti·vi·da·de


(criativo + -idade)

substantivo feminino
1. Capacidade de criar, de inventar.
2. Qualidade de quem tem ideias originais, de quem é criativo.


”criatividade“, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

Foi o que eu pensei: capacidade de criar, de inventar, o que alguns reclamam só seu! E que, quando me pus a pensar, percebi ser uma capacidade extraordinária do ser humano, de todo o ser humano, sem excepção!

Todos temos capacidade de inventar, desde que nascemos, no íntimo somos capazes de inventar histórias, brincadeiras, mentiras, desenhos, piadas, etc. Alguns de nós, nesta nossa capacidade, somos mais elaborados, mais divertidos, mais inovadores, mais isto ou aquilo, mas todos temos esta qualidade.

Vejamos, quando somos crianças, dizem que é a fase mais criativa, será sem qualquer dúvida a fase mais livre, de preconceitos, de limites, de regras, de filtros e por isso a fase em que a criatividade é demonstrada mais livremente, aparentando ser a mais criativa, o sol é azul, a praia é cor-de-rosa e a irmã mais nova que foi deixada por extra-terrestres e devia ser colocada no caixote do lixo para os extra-terrestres a levarem de volta!!

Depois, ao longo da vida, a trama adensa-se e a criatividade vai sendo castrada, limitada, condicionada, para cabermos na sociedade sem problemas. E de vez em quando alguns, que permanecem à tona e não cedem, mantêm uns laivos de diferença, enveredam por caminhos artísticos em todas as suas formas e aprendem técnicas para organizar, estruturar e até aprender o processo criativo, e transformam-se eles próprios em criativos*.

E foi mais ou menos isto que se passou comigo. No entanto sempre me considerei uma pessoa pouco criativa na minha área de formação (urbanismo), tinha um bom domínio de algumas técnicas, e das disciplinas principais, o suficiente para fazer uma licenciatura e um mestrado (pré-bolonha) e iniciar uma carreira profissional.

Curiosamente, tendo boicotado demasiadas vezes a minha criatividade, ela tem teimado em dar sinais de vida. E surgiu com uma força tremenda, surgiu com o nascimento da minha primeira filha, surgiu com a segunda, surgiu e surge todos os dias! Todos os dias quando tenho que cozinhar, cantar, contar histórias, explicar como é que a fada dos dentes vai pôr uma moeda na almofada quando o dente que lá devia estar para a troca está perdido algures no quintal!! Surge quando o tempo, pergunta ao tempo, quanto tempo o tempo tem e a resposta é invariavelmente que não tem tempo, que não há tempo, que é tudo a correr, cronometrado ao segundo!
Surge quando de uma conversa ocasional se juntam duas pessoas preocupadas com o seu futuro e o dos seus pais e num mês põem de pé uma ideia.

A singela ideia de criar um coro, mas não um coro qualquer, um grupo de vozes!, vozes séniores, vozes com vida para dar nova vida à música portuguesa, que música? Ao rock e ao pop português, à música que gostamos de ouvir, à música que pode juntar miúdos e graúdos, júniores e séniores! E assim fomos, assim estamos sob a direcção musical do Pedro d’Orey, somos o Projeto Com Voz!

Conseguimos juntar 15 criativos (séniores) com vozes maravilhosas e boa disposição para dar e vender, e que um dia destes vocês irão conhecer!

Portanto, em todas as formas e em todos nós a criatividade é imensa… e intensa!

*apesar de esta designação ser utilizada apenas por um grupo restrito de pessoas.

*

Obrigada, Filipa! Parabéns pelo Projeto Com Voz e desejos de muitos, muitos êxitos. Só alguém criativa, cheia de iniciativa e também de “acabativa” junta uma equipa e faz o sonho acontecer.

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Célia Domingues

Tom Jobim canta "A Felicidade"
Imagem: Fotomontagem a partir de frames deste vídeo.

Esta semana, a convidada do Creativity Series é a Célia Domingues. Cientista de profissão (tenho tanto orgulho nos meus primos cientistas!), é daquelas pessoas que tem a paciência de me contar, com todos os detalhes e utilizando um vocabulário que eu entenda, as fases da vida das suas Drosophila. Com ela aprendi coisas muito interessantes: para dar um exemplo, como verificar se as moscas ainda são virgens (e sim, é uma vistoria pertinente para a investigação).

Conhecemo-nos desde sempre porque somos primas; a dada altura cantámos juntas num coro universitário; anos mais tarde, foi a Célia que me “apresentou” a música do seu conterrâneo António Zambujo; demorei a visitá-la em Nova Iorque, mas quando lhe ganhei o gosto… já não quis outra coisa. As aventuras são muitas!

Por isso, sem mais delongas, deixo-vos com as palavras da minha prima Célia. Obrigada, Célia!

*

A criatividade não tem definição, e pela parte que me toca, ainda bem!

Tentar definir criatividade é como tentar definir inteligência: todos sabemos reconhecê-la, mas é muito difícil defini-la, justamente porque…não tem regras e não tem parâmetros de referência rígidos.

Quando Tom Jobim escreveu e compôs a música “A Felicidade” usou de uma criatividade sublime. Quando aqui alguém no laboratório imagina uma hipótese como solução de um problema que mais ninguém tinha imaginado antes, também usa de criatividade. Em nova, a minha mãe descosia peças de roupa já usadas para costurar peças novas, num processo que exige criatividade. Criativo é o povo alentejano, que, na ausência de ingredientes mais ricos e variados, inventou a “açorda”.

Como encontrar uma definição que englobe manifestações tão diversas? É qualquer coisa que envolve imaginação e pensamento abstracto. Mas definição não temos. E precisamos? Se calhar não!

Ainda no outro dia vinha uma notícia no Guardian que prometia um avanço científico na elucidação daquilo que é a criatividade. Parece que analisaram o cérebro de vários músicos que foram convidados a tocar o que lhes apetecesse ao piano, na tentativa de determinar as regiões que são activadas enquanto a pessoa “cria”. Ficamos a saber que durante o processo criativo há áreas que se parecem activar mais que outras e a localização das mais relevantes, mas daqui até se entender de que modo é que a criatividade surge e é regulada, vai um longo caminho. Serve isto para dizer que pela parte dos cientistas, ainda estamos muito longe de vir a saber o que é isso da criatividade, “onde” reside e como é activada.

É provável que daqui a algum tempo já saibamos mais sobre o mapa cerebral da criatividade. Talvez nunca saberemos exactamente como funciona.

E queremos? Queremos mesmo saber que sinapses não convencionais aconteceram no cérebro de Tom Jobim enquanto escreveu “A Felicidade”?

*

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Raquel Félix

Criatividade_Raquel-Felix

Fotografia: Raquel Félix

Conheci a Raquel há alguns anos, através de uma amiga comum. Há quase dois anos atrás, a Raquel fundou a plataforma Portugalize.me e contactou-me para colaborar com ela, uma vez por semana. Começámos por nos aproximar pela paixão que ambas temos pelo que é bom e bem feito em Portugal e por portugueses, e a amizade foi crescendo.

A Raquel, psicóloga de profissão, empreendedora de paixão, tem uma visão muito interessante de criatividade, que estou desejosa de partilhar convosco. Assim sendo, não me alongo e deixo-vos com as palavras da Raquel.

*

Falar de criatividade.

Ela é ampla, pessoal e expressa-se de forma diferente em cada um de nós. A criatividade não é exclusiva de alguns. Não pertence a ninguém em particular e no entanto é de todos, porque todos, sem excepção temos essa capacidade… a de criar. Criamos porque nos relacionamos, pensamos, sentimos, vivemos.

Nos dias que correm a criatividade ganhou um lado tangível omnipotente e castrador de outras vertentes que lhe são inerentes. A criatividade não é apenas dos artistas, dos publicitários ou marketeers (quais “criativos” da contemporaneidade que se alapam ao conceito como sendo propriedade privada e dom conferido por obra do espírito santo).

Desenganem-se os que se apoderam desta “marca não registrada” e aqueles que acham não ter a mínima hipótese no que toca a serem criativos. A criatividade não é apenas uma coisa que se materializa em obra externa.

Quando estamos perdidos nos nossos pensamentos, numa espécie de sonho acordado, estamos a criar sentidos próprios ou não (por vezes surgem coisas sem sentido, mesmo assim, uma criação possível, a possível).

A criatividade “trabalha-se”, “alimenta-se”, é processo.

Divagar por dentro é um acto criativo. Falar é um acto criativo. Brincar é um acto criativo. Viver é um acto de criação em si, constante.Tudo isto nós sabemos fazer, sem ter de fazer disto profissão, sem a pressão da tangibilidade.

No dia em que a criatividade for apenas para alguns, ai de nós, ai da nossa humanidade.

*

Obrigada, Raquel!

Podem encontrar a Raquel no seu site ou no Portugalize.me, que aconselho sigam atentamente, já que a Raquel partilha diariamente novas razões para acreditarmos que Portugal faz bem e tem futuro.

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Paulo Romeiro

Puzzle!

This week, we read Paulo Romeiro’s view of Creativity. I’m excited to share his view with you, because his professional background is in Business – not Arts related at all! But I agree with him: creativity is not exclusive of the arts, creativity is about something else.

Thank you, Paulo, for sharing your view!

*

I do not work in an area related to art, architecture or design, but I consider myself a very creative person.

For me, creativity is the ability to find solutions to a problem.

Unfortunately I feel that creativity is too associated with having original ideas, to invent something that did not exist before, to make a revolution in a specific department, to make a big innovation; and while true, it does not occur often.

I work in Business management and use creativity to create solutions for solving problems. I focus on providing value to our customers, satisfying a specific need or solving a problem they have. All this by providing good quality product/service, at a competitive cost, with good financial return. It’s easier said than done and requires a lot of problem solving.

And when our customers are satisfied, repurchases our product and recommends our product to their friends, family and colleagues, originality does not matter. What matters is that their problem was solved.

This (solving a problem) might be by bringing something from one country to another (exporting Via Verde to the world), might be doing what others are doing better (H3 vs. McDonalds) or indeed creating a revolution by looking to a category from a new perspective (iPhone).

So any person that is solving problems is a creative person, because he or she is creating a solution.

*

Thank you, Paulo!

Paulo works as a Business and Team Leader; in his spare time, he loves skiing, cooking and playing musical instruments. And… he’s also my husband!

Want to have a say? Comment below or send me an email with your view.

This post is part of my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Would you like to receive these posts in your inbox? Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!

Creativity Series: Paula Rainha

Paula-Rainha-Janet-Echelman

Photo: Janet Echelman’s “1:26”, photo taken by Paula Rainha

I’m so happy to share what Paula Rainha, my long time friend, current studio mate, and lighting designer extraordinaire has to say about creativity.

Paula has many talents: she’s a dancer, a traveler, an architect and also a story-teller. Paula has an eye to spot the story where no one else would see it, and the blog she kept while living in London, a few years ago, is a great example.

In 2011, Paula won a worldwide competition that took her around the globe, blogging about light. You can read her articles here.

Paula, thank you for being part of the Creativity Series!

*

I’m an architect by profession, a dancer by heart and a lighting designer by addiction. Does that make me a creative person? According to most of you, yes, but before becoming a ‘professional creative’ I have the impression I was always attracted to the feeling of creating something and becoming satisfied seeing things happen through me.

I lost track of moments I thought I wasn’t creative and looking at the amount of people that have told me they weren’t creative, I’m probably not the only one.

But I was wrong, looking back I realised that there were many little creative moments that lead to what I am today: imagining stories with my dolls, building up cities with legos, playing in the sand with buckets and scoops, baking cakes, dancing, drawing, cooking or travelling.

I came to the conclusion that each one of us has an inner creativity. The moment you step out of the door in the morning, you were already creative. You had to choose what to wear or you had to decide what to have for breakfast, amongst the infinite possibilities of cereals and toasts. And what is most surprising is that just this small inspired moment can actually make your day different.

Creativity can be found in the most unexpected daily details but can also be found on the way each one of us faces life: the way you deal and connect with people, how do you address and solve your daily problems, how open you can be to new and different points of view and how do you tell your life story.

I guess what I’m trying to say is that what makes someone creative is not the ability to draw or to design but the capacity of making each day different. And now my question is, have you made your day different today?

*

Thank you, Paula!

Paula is a lighting designer working globally from her hometown of Lisbon, Portugal. You can find her online on her portfolio site or connect with her via Twitter.

This post is part of my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Would you like to receive these posts in your inbox? Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!

Creativity Series: Erin Loechner

Photo credit: Betsy King

This week I asked Erin Loechner – the mind behind Design for Mankind and Design for Minikind, to name just two of her projects – how she defines creativity.

I was very much looking forward to hearing (well, reading!) Erin’s response because of her work as a writer and a curator and how she intertwines these activities with her passions and interests.

Many years ago, when I was still living in Argentina, we worked together. Erin always left a very positive impression on me: not only did she tell me clearly what was needed (and that, in itself, is an art form), she did it all with a kind and compassionate attitude.

Thank you, Erin, for sharing here your views on creativity!

*

Creativity, for me, is the ability to make connections that span a variety of disciplines, lifestyles and perspectives. It’s the combination of experience and theory and philosophy – learning how to navigate the world around us, seeking solutions in a way that celebrates the culmination of our past experiences, present abilities and future goals.

*

Thank you, Erin!

Erin Loechner is a writer and blogger and the mind behind Design for Mankind and Design for Minikind, among other endeavours. Lately, I have really enjoyed her posts about her recent trip to Ethiopia and her letters to her daughter.

This post is part of my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Would you like to receive these posts in your inbox? Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!

Creativity Series: Ana Teresa Vale

Ana-Vale-Criatividade

Foto: Ana Teresa Vale

A convidada desta semana para nos falar sobre criatividade chama-se Ana Teresa Vale e é minha amiga há para cima de imenso tempo. Conhecemo-nos no ano em que fomos viver para Macau, em 1987, e desde então estivemos sempre em contacto.

Fiquei deliciada ao ler a definição que a Ana tem de criatividade. A Ana é psicanalista e mostra-nos uma visão muito interessante que coloca a criatividade muito a montante de qualquer execução que tenha que ver com as artes plásticas. Mas o melhor, mesmo, é lermos o que ela tem para nos dizer.

Obrigada, Ana, por partilhares aqui a tua definição de criatividade!

*

“Há uns anos atrás, ficava toda aflita, sem saber o que fazer. Ontem, ri-me e fiz uma piada, e continuei calmamente como se nada fosse.” Uma mulher jovem fala-me da forma como encarou uma situação que antes lhe provocava uma enorme angústia, e que agora resolve de forma criativa, usando o sentido de humor.

“Sonhei que estava com dois amigos numa sala a fazer um exame. Dizem-me que é preciso ir buscar qualquer coisa que está na arrecadação, mas isso é muito, muito lá em baixo. Vou com os meus amigos e descemos, descemos, descemos, as escadas nunca mais acabam! Tenho a sensação de estar num barco, porque parece que desci tanto que já estou debaixo de água. Encontro então a porta da arrecadação, lá dentro está muito escuro, e sinto medo do que posso encontrar. A dada altura, sinto uma mãozinha que sei que não é de nenhum dos meus colegas e fico com muito medo. Entretanto, os meus olhos já se habituaram ao escuro e consigo ver alguma coisa na escuridão; vejo um ser, um ET pequeno, verde fluorescente, que parece ter ficado zangado por eu me ter assustado, que se afasta a fazer beicinho.” Nunca deixo de me espantar com a criatividade dos sonhos! Neste caso, uma outra jovem mulher comunica-me cinematograficamente o seu medo de descer ao “fundo do mar” dentro de si, porque tem medo do que pode encontrar e receia não saber como comunicar com os seus aspetos interiores.

No meu trabalho como psicanalista, dou muita importância à criatividade – não só àquela que associamos com a arte, a música, a literatura, mas também à criatividade do dia-a-dia, a que usamos no quotidiano para trabalhar as emoções que nos podem provocar dificuldades, conflitos, inibições, bloqueios. Aquela que usamos para encontrar formas de sair desse estado mental paralisante ou desconfortável.

Portanto, todos nós somos criativos. É onde deixamos de o ser que surgem os problemas, é aí que nos vemos a repetir as mesmas situações, a viver os mesmos cenários, a sentir as mesmas emoções recorrentes.

Quando as pessoas procuram um psicólogo ou um psicanalista, é porque têm um problema que não conseguem resolver sozinhas. Ou dito de outra maneira, as suas estratégias de resolução dos problemas emocionais deixaram de funcionar – e não conseguem encontrar outras novas. A capacidade de inventar novas soluções para lidar com os desafios da vida (interior e exterior) é o que eu chamo de criatividade. E essa capacidade pode ficar bloqueada com a presença de determinadas emoções – tipicamente, afetos intensos de dor, angústia, zanga, ressentimento.

Na psicanálise, a pessoa vai compreender e transformar essas emoções, para poder libertar a sua criatividade. Não quer dizer que estes sentimentos sejam abolidos da sua vivência (afinal, fazem parte da experiência humana), mas vai construir formas novas de sentir e soluções mais criativas para as questões que se lhe colocam na vida, na relação com os outros e na relação consigo própria.

E a criatividade dos artistas? Essa, para mim, é só uma das formas de expressão da criatividade do ser humano. É sem dúvida uma forma valiosa e culturalmente relevante; a nossa sociedade não seria a mesma sem ela – e seria infinitamente mais pobre. Mas é apenas mais uma forma de tentar encontrar novos modos de olhar para as emoções e para a condição humana. Do ponto de vista estritamente individual, não é nem melhor nem pior do que dizer uma piada ou sonhar um sonho.

*

Obrigada, Ana!

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Inês Marinho

Ines-Marinho-criatividade
Photo: Inês Marinho

A Inês, a minha convidada desta semana para falar sobre Criatividade, é minha amiga de infância. Conhecemo-nos em Macau, há 26 anos (ontem, praticamente), quando ainda usávamos uma bata cor de rosa para ir à escola.

A Inês sempre foi uma apaixonada pela expressão corporal e quem a vê dançar entende o que significam “graça” e “elegância”. O passar dos anos trouxe à Inês uma carreira na área das leis e dos direitos humanos; trouxe-lhe também a descoberta da paixão pela fotografia. (Sigam a Inês no Instagram: inesmarinho é o username dela).

Obrigada por partilhares connosco a tua definição de criatividade, Inês!

**

Foi-me pedido para falar sobre criatividade. É um pedido curioso para quem, como eu, sendo jurista, quase nunca é associada a criatividade. Só pelos que me conhecem e sabem que tenho um passado (e presente) ligado à dança e um presente ligado à fotografia. Mas mesmo que assim não fosse, ao contrário do que é a ideia geral, o mundo do direito está fortemente ligado à criatividade e a pessoas criativas. Por um lado, a maior parte dos juristas, advogados ou juízes pintam, fotografam, escrevem, tocam instrumentos, etc, etc, etc.

Além disso, isto ainda pensando em criatividade na minha actividade principal, de jurista, pelo menos tal como eu a vejo e vivo, passa por um enorme sentido criativo (num sentido positivo e não no sentido irónico, muitas vezes traduzido na expressão “2 juristas, 3 opiniões”). E é profundamente criativa porque passa por leitura, interpretação e escrita de textos, construção de argumentos e de reflexão sobre o significado das palavras. E, isso para mim, passa por um enorme sentido criativo, porque ler e pensar sobre as leituras, escrever sobre elas, passa uma capacidade de análise e por um sentido crítico. Criatividade passa por ambas estas capacidades.
Mas mais do que tudo isto, em termos mais “puros”, criatividade, para mim, é liberdade, é liberdade de espírito, aquela que permite ver além da superfície; e de, nessa visão, encontrar imagens, movimentos, sons, sentidos que não são visíveis ou perceptíveis a “olho nu”.

Criatividade é estar desperta para as imensas possibilidades do mundo e do outro. Porque do relacionamento com um e outro, nasce algo sempre novo.

*

Obrigada, Inês!

Este texto faz parte do projecto Creativity Series, onde peço a amigos que partilhem a sua definição de “criatividade”. Gostaria de participar? Escreva-me um mail. Para receber estes posts na sua caixa de correio, clique aqui.

Creativity Series: Marian Dolan

Marian-Dolan_Creativity
Photo: “Creative Stillness”

My friend Marian Dolan, a choir conductor living in Naples, Florida, USA, was the first person I asked about creativity.

It all started a long time ago, when I felt surprised to hear people around me saying they were not creative. This always left me wondering about how different people define creativity.

It was a few weeks ago that I saw the value in asking – and sharing – different views of creativity. And so I started asking around me: how do you define creativity? It’s a simple question, but not an easy one.

Every Monday, I will share with you my friends’ replies to this question. Would you like to share your view, too? Let me know by mail or in the comments below.

Let’s start this series with a beautiful poem written by Marian herself, and then some insights she kindly shares with us.

Thank you Marian!

To be creative is to tell a story.
To tell a story takes courage,
to step into one’s own vulnerability,
to let go of external approval or validation,
and to tell the story with one’s whole heart and ‘voice.’
Because it matters…
the story matters,
and my telling of it matters.
It’s also about compassion…
for the story,
for what it ‘tells,’
for myself,
and for those who might ‘listen.’
Because the *process* of crafting that story into words, sounds, images, motions… matters.
(~@2013, marian dolan)

Thank you, Ana, for inviting me to share about my ‘creativity.’ I’m a choral conductor, so my creativity is collaborative. It includes singers, composers, and poets. Truth be told, my singers and I are storytellers. The stories are in the scores and also in the  concerts we sing. We *re*create the story of the poet’s text as expressed through the composer’s music. Whether 20 singers or 120, we have to courageously and accurately re-present the ‘voice’ of the score’s pitches, rhythms, dynamics (loud/soft), balance between the voices, clarity of the text, ‘colors’ of the sounds, etc.

Risky? yes. Vulnerable? certainly! But the journey of the composer to write that score also involved creative risks.

For example, American composer Abbie Betinis’ “Be Like the Bird,” is a beautiful setting of a Victor Hugo text: “Be like the bird that, pausing in her flight awhile on boughs too slight, feels them give way beneath her – and sings – knowing she hath wings.” This beautiful text of hope and courage in the face of uncertainty actually embodies a number of very real stories: Abbie’s own journeys with cancer treatments, the discovery of her grandfather’s connection to this text, and her cousin’s work with a young women’s empowerment program. A composer’s process of crafting the ‘voice‘ of a score – even a single melody like that in ‘Bird‘ – involves great vulnerability to birth these stories into sound, and subsequently for us to become Abbie’s ‘voice‘ to re-tell her score’s ‘song-story.’

There is also another aspect of ‘creativity’ for choral conductors: writing a concert. We become the ‘composers’ of a larger story: weaving together 70-80 minutes of music to create a ‘journey’ for the listeners. A choral concert can entertain or enlighten, it can present an historic overview of musical styles, or perhaps deliver a tapas of international sounds. But there is also another type of choral concert – a ‘story-concert’ – in which the sung and spoken texts, visual images, and/or dance embody a powerful human story, experience, or event for the listeners. I deeply love the creative challenge of writing a concert, and am especially passionate about writing ones that tell a sensitive story with compassion and understanding: the ‘Voices of Courage’ from 9-11, the ‘Voices of Hope’ honoring International Holocaust Remembrance Day, or the ‘Finding a Voice’ concert which embodied the courageous journey of domestic violence survivors. Such concerts risk asking the listener “what does hope sound like? …despair? tenderness? fear? light in darkness?” Writing such concerts means finding the courage to step into my own creative vulnerability at so many levels, yet always with the knowledge that these ‘story concerts’ are exceptionally transformative experiences for the listeners and therefore for our community.

In the 21st century, the arts are more than an entertainment experience – the arts are a ‘voice’ of transformation. When we dare to step into our arts languages – singing, dancing, photography, video/film, theater – we step into giving ‘voice’ to deeply human issues that cry out for transformative social change. This is, to me, one of the most powerfully ‘creative’ aspects of the arts, including my field of choral music. The arts are not only about ‘producing’ a concert/performance/exhibit. The arts are about ‘process’ – about the journey of stepping into a very human situation and embodying it in that art-language, thereby inviting transformation.

An artist who truly embodies this is Shawn Lent, a dancer and Fulbright scholar currently residing in Cairo, Egypt. In a recent blog posting, subsequently picked up by Huffington Post, Shawn explains how an artist’s ‘voice’ is not just expressed in art but in all layers of human life, onstage and off:

“I am dancing, with and for others. I am and will always be a dancer. I take that with me, in the ways I think, develop ideas, collaborate, move… I am an artist who had decided to join tables off the professional stage.
When it comes to diplomacy,
an artist needs to be at the table.

When it comes to the Board of Directors or a School Board,
an artist needs to be at the table.

When it comes to sustainability policy,
an artist needs to be at the table.

When it comes to facing death,
an artist needs to be at the table…

I read and join projects relating not to Broadway but to cancer, death, green cemeteries, cultural diplomacy, religion, genocide, geography, databases, divided communities (from Belfast to Bosnia)… The artistic contribution to these areas can be revolutionary. And I am writing from Cairo, Egypt, so I do not use that word lightly. The dream is huge.” 

[Read Shawn Lent’s blog post here]

Amen, Shawn. ‘Creative’ artists have transformative voices. Stepping into that ‘voice’ to tell a human story takes vulnerability, courage and a passion for the process. May we all be inspired thereby to find our artistic ‘voices’ and be agents of change and healing in our communities.

**

Thank you, Marian!

Marian Dolan is a choir conductor living in Naples, Florida, US. Marian and I met through a discussion about our experiences in academia and soon after were exchanging music (her recommendations are fantastic!) and musing about creativity.

You can find out more about Marian on her Choir Project’s Facebook page, visit her bio page.

Listen to Marian conduct Fauré’s “Cantique”McClure’s “Kyrie” and “Motherless Child”.

This was the first post on my Creativity Series project, where I ask friends, on and offline, how they define creativity. Would you like to receive these posts in your inbox? Sign up for email updates. And let me know if you want to participate!