You’ve been waiting too long

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You’ve been waiting to start making things for too long.

I know I have.

After a while, I start to feel the itch to make again. Maybe it happens because I look at some supplies (hello pastel crayons, it’s been way too long!), or see a picture of yummy knitting yarn on my instagram feed. Sometimes I pass by my local yarn shop and marvel at the colors. Sometimes I go by my favorite street and see the shop windows and imagine all the embroidery floss inside, waiting for me. The need to make something with my hands starts creeping in, like weed through the cracks on a wall of to-dos.

But then life happens, and I’m in a hurry to get to the studio, or to get home to be with my baby, and suddenly days go by and I haven’t started anything, I haven’t felt the satisfaction of seeing a project grow between my hands.

When I feel that pang of frustration, I know it’s time to do something about it.

When rushing from one place to the other, I try to envision what it is that I want to try my hand at. Do I want to start sewing? Do I need to get back to my paints and canvas? Do I need something small and portable? Something I can take with me anywhere? Something that does not need a lot of logistics?

That’s my first step: to find out what I want to make. Believe it or not, it’s a big part of the project.

When I set my mind on the project I want to pursue, I use my commute to mentally gather the supplies. What do I need to get? What do I already have? How am I going to solve this problem? Or that other one?

And when I finally have those ten minutes while the baby plays by herself, I can execute. I know what I want to make, I know the supplies I need, and that means I can roll my sleeves up and get elbow deep into my project.

And it’s amazing how ten (very fast) minutes can give me a sense of accomplishment and happiness, just because I took a step – be it a tiny one, or a large one – towards making. And making? It makes me happy.

How about you?

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*

Há demasiado tempo que quer começar algo novo. Não há?

No meu caso, sim: há demasiado tempo que quero encetar um novo projecto; e tão pouco tempo para tudo o que quero fazer.

Há momentos da vida em que os dias passam a correr e nós, presos a todas as obrigações, andamos de um lado para o outro, numa correria, sem nos permitirmos pensar duas vezes sobre o assunto. Mas a vontade de fazer, em mim, manifesta-se de forma sorrateira. Começo a sentir a aparecer a vontade de fazer, como se de um pedacinho de erva, entalado entre duas grande pedras, se tratasse. Vejo as cores dos meus pastéis secos, guardados no armário; vejo um novelo lindo de lã no instagram; toco num tecido, ou sinto o relevo de um bordado na polpa dos meus dedos. Há dias em que passo na minha rua favorita e penso na paleta de cores de fio de bordar lá dentro das retrosarias, à minha espera. E sinto essa vontade de fazer.

Mas como fazer esse fazer acontecer? Os dias passam-se entre casa, bebé, atelier. Sem que eu dê conta já é fim do dia, outra vez, hora de jantar, banho e cama. Passa num instante. E de repente passou demasiado tempo desde que senti a satisfação de completar um projecto meu, feito por mim, com as minhas mãos.

Quando sinto essa frustração, sei que é o momento certo para avançar.

Começo por aproveitar aqueles momentos em que espero o autocarro para voltar a casa, ou vou a caminho de uma reunião, para pensar no projecto que quero encetar. Que quero experimentar desta vez? Quero brincar com os meus pastéis secos? Ou tricotar uma gola? Será que é das minhas tintas e pincéis que tenho saudades? Ou quero bordar um tecido? Quero algo que requeira alguma logística? Ou algo portátil, que venha comigo para todo o lado?

Esse é o meu primeiro passo, e por incrível que possa parecer, é quase metade de todo o projecto.

Quando decido qual o caminho, uso os pedaços de tempo para reunir mentalmente os materiais que preciso: quais já tenho? Quais preciso comprar? Onde os encontrar?

E chegado o dia em que tenho aqueles breves dez minutos enquanto a bebé brinca sozinha… nesse momento eu posso, simplesmente, arregaçar as mangas e pôr mãos à obra. Porque já sei o que quero fazer, já reuni os materiais, todos os preparativos estão feitos para, simplesmente, pôr mãos à obra.

É incrível quão rápido passam esses dez minutos e, ao mesmo tempo, a sensação de satisfação que tenho por os ter aproveitado bem, a ser feliz. Porque eu sou feliz a fazer coisas com as minhas mãos, e todos os passos, por pequenos que sejam, me aproximam dessa meta. Podem ter sido só dez minutos, mas valeram por mais, pela alegria que me trouxeram.

Passo a palavra ao caríssimo, ou caríssima, leitor. Que o faz feliz? E que passos dá para ser feliz?

(Antes de me despedir esta semana, quero só recordar que o preço para aderir ao nosso Clube de Bordado air vai subir no dia 1 de Setembro de 2015. Inscreva-se hoje mesmo para se juntar à nossa comunidade de gente amiga pelo valor actual. E sabe que mais? Os projectos bordados são óptimos para levar de um lado para o outro e satisfazer o “bichinho” do fazer em qualquer lugar e a qualquer momento!)

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