A creative business should be mostly “creative” and a slight bit “business”, right? Unfortunately, it has come to be my experience that the business part takes most of the time. Or at least it feels that way to me. There are so many tasks, big and small, around running a business. I want to tackle them first to get them out of the way, in order to concentrate on creative projects.
The problem with this approach is, most often, the time to create never comes. And when it does, it’s filled with pressure to perform, because it is limited.
This has been my challenge for a very long time.
To try to solve this, I’ve created an item on my daily to do list that reads: “make time for art”. This is seen as a task, just like the administrative work that needs to be done. And it is the time I just doodle on my sketchbook, or experiment with a new technique. I try to do it just for the pleasure of making, just for fun, without thinking about the results.
Not thinking about the outcome has been pivotal, as I have come to discover that the pressure of the outcome, allied to the contributions of my inner critic, were preventing me from having fun creating.
This was exactly what happened with several pattern designs I have worked on lately: they started out as inconsequential doodles on my sketchbook, just for the joy of it. During this time, I try to occupy my mind with podcasts and avoid its interference, and simply enjoy sketching without thinking about outcomes.
I let those sketches simmer for a few days and only then I search for material that may be interesting to explore further, like the doodles above. When I looked at this sketch, I saw the potential for a repeat pattern.
Now, who knows where this may go? Where do you see it going? Do you have any strategies you want to share?
P.S. I added a few new patterns to the portfolio, check them out.
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On the subject of creativity and the pressure to perform: a wonderful article on Forbes magazine about Aerosmith’s Joe Perry; Elizabeth Gilbert’s talk on TED. Enjoy!
Quem trabalha por conta própria, nomeadamente no mundo das artes e do design, passa uma parte significativa do seu tempo a tratar de assuntos administrativos do seu negócio. No meu caso, a tentação de despachar as tarefas administrativas para depois me poder dedicar aos projectos criativos já provou não ser a melhor abordagem. Muitas vezes, o tempo para a criatividade nunca chega! E quando chega, vem carregado de uma pressão muito grande para obter resultados “perfeitos”.
Este tem sido um desafio ao longo da minha vida profissional: como equilibrar a parte de negócios e a parte criativa da minha actividade?
Ultimamente, a minha estratégia tem sido a de criar um item na minha lista de afazeres precisamente para isso: para desenhar, escrevinhar, experimentar. Tal como todas as tarefas administrativas que tenho que cumprir (“fazer IVA”, “responder a emails”), esta é uma tarefa que tenho de fazer todos os dias, só porque sim, sem pensar no resultado.
Não pensar no resultado tem sido a parte mais importante de todo o processo, já que quando a mente interfere – nomeadamente na voz do meu crítico interno de serviço – nem me divirto, nem consigo produzir. E aí vem a frustração.
Para ocupar a mente, ouço um podcast sobre algo que me interessa, e aproveito essa distração para desenhar sem fim à vista, simplesmente desfrutando do processo. Quando termino, fecho o meu caderno e deixo os desenhos marinar. Ao cabo de alguns dias, espreito-os, e vejo quais têm potencial de ser explorados e converterem-se em algo novo.
Foi exactamente assim que nasceram vários padrões em que tenho trabalhado ultimamente. Este que aqui vêem começou como um desenho rápido no caderno, depois evoluiu e transformou-se num padrão. Em que mais se virá ele a transformar? Onde irá parar?
E vocês? Que estratégias têm para se dedicar ao que vos dá prazer?
P.S. Adicionei novos padrões ao portefólio.
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Sobre a criatividade e a pressão dos resultados: um artigo sobre Joe Perry dos Aerosmith; a segunda apresentação de Elizabeth Gilbert nas TED Talks. Espero que gostem!