Month: May 2012

Issue 24 is here!

"We´re in Panama!", issue 24

Which means that next month we celebrate two years of uninterrupted issues of “We´re in Panama!”.

This month, the zine is about our trip to Mexico. It was so inspiring that I had a very hard time choosing the sketches that would make it into this issue. I love the outtakes and must, must, must do something with them.

Anyway, here´s issue 24. Download it, print it out, fold it and share your thoughts. Leave a comment here or on our facebook page and don´t forget to spread the zine-love!

Mais panamices

Hoje, no elevador, confirmei que muitas pessoas no meu edifício não sabem como usar os botões da chamada de elevador. Cada patamar tem dois: um com uma seta para cima; outro com uma seta para baixo. Funcionam de uma forma bastante básica: quando uma pessoa se dirige a um andar acima daquele onde está, carrega na seta para cima; quando, por seu turno, se dirige a um andar abaixo daquele onde se encontra, carrega na seta para baixo. Elementar? Diria que sim.

Mas no Panamá as coisas são diferentes e a doutrina vigente neste edifício é um pouco alternativa: quem chama um elevador para ir para um piso acima daquele onde está carrega na seta para baixo (ou seja, de chamada para descer). Porquê? Porque o elevador precisa de descer (do andar onde ficou estacionado até ao andar onde a pessoa se encontra) para depois poder finalmente subir.

E não há forma de convencer as pessoas de que se carrega na seta para cima quando se quer subir e na seta para baixo quando se quer descer. Na cabeça delas, isso só afasta o elevador e torna a espera mais longa. Não têm a menor noção de que obrigam o elevador a paragens desnecessárias durante uma viagem no sentido contrário àquele que desejam, o que prolonga ainda mais a espera de todos.

Haja paciência.

Sketchbook Project 2012

01_cover

My sketchbook for this year´s Sketchbook Project has been digitized and is now available online. You can check it out here.

If you´re in Oakland, CA, the Sketchbook Project Tour will be live from June 1-17 in the Pop-Up Library. You can use its call number: 154L.5-8

If you want to see my photos of the Sketchbook (including some behind the scenes shots), here´s the correspondent flickr set. Hope you like it!

Vem aí a bela da chuvada. #panamá

De manhã, tudo indicava que aí vinha uma enorme chuvada. Mas o São Pedro  tinha outros planos, andava ocupado com qualquer outra coisa, de maneira que nos presenteou com um fantástico dia de sol e bons pedaços de céu azul, para matar a saudade.

E nem uma gota de chuva!

E o fim da tarde foi feito de pôr-do-sol dourado e cor-de-rosa. É aproveitar, minha gente, e celebrar; dias assim são uma dádiva.

In progress. For the first time, co-authored verses in French. #embroidery #babyblanket #abbrigate

Como talvez tenham percebido pelo post anterior, estivemos com obras em casa. Acabaram ontem, e hoje vieram retirar parte das máquinas. À boa maneira panamenha, o senhor foi lá abaixo levar a máquina principal, e voltaria logo para vir buscar o resto do material. Como quem vai comprar cigarros, nunca mais voltou. E não é inédito o “esquecimento” de material em casas de clientes.

De situações semelhantes foram feitas as duas últimas semanas, e por isso – e para me abstrair um pouco – deixo aqui uma fotografia duma manta que estou a bordar. É um presente para um amigo distante (no tempo e no espaço), em conjunto com outra amiga, e pela primeira vez tem versos em português e em francês. Uma manta bilingue, portanto. abbrigate*, claro.

Zining

Can you guess what the next #zine will be about?

The past two weeks have been crazy. We came back from Mexico to our collapsed living room floor, and these reparations have been patience-testing, to put it mildly. The good news is that it is now behind us and the living room looks nice, clean and cozy again.

There are plenty of good things going on, such as the upcoming ICON 7 Conference, which I´m attending! And the many projects that are going on right now. And the looking forward to seeing my family and friends back in Portugal again (under two months, yay!).

What is making me very, very happy is the fact that the e-zine, my “We´re in Panama!”-baby, is turning two! I´m now working on issue 24, so issue 25 – coming up in June, is a celebratory one. When I started this project when I moved to Panama, two years ago, I had no idea of where it would take me. It has taken me many places, but the best one was to have found my own voice.

If you like reading it, go ahead and like the facebook page. We are so close to 100 people liking it, do you want to help me reach that target?

No Portugalize.me, "Postais que transcendem fronteiras"

aqui contei que escrevo um post semanal no blog Portugalize.me. Penso que o âmbito desses posts também é válido aqui no Entre…, e por isso, de agora em diante, transcrevê-los-ei aqui também neste estaminé. Espero que gostem!

*

Ele há “postais” que transcendem qualquer fronteira.

Já de volta ao Panamá, temos estado com obras em casa, em virtude (ou desvirtude) de o chão de pedra da sala se ter levantado e explodido, devido a um “assentamento” do edifício. E pensar em obras em casa dá logo dores de cabeça, seja em que latitude for.

Com obras aqui no Panamá, e com este contacto forçado com o mundo da construção civil, tem sido curioso descobrir que há estereótipos que pensava serem bem “tugas”, mas, bem pelo contrário, são universais.

Comecemos então pelo Pintas. O Pintas, assim chamado devido ao seu discurso e linguagem corporal de “vocês desconhecem tudo sobre o tema e eu, em contrapartida, domino-o”, chega e entra casa adentro, dono da empresa que vai executar o arranjo. Para ele, tudo é fácil, nada suja e os rapazes vão deixar tudo num brinquinho quando saírem. O melhor de tudo é a sua pontualidade, em que “agora” significa “daqui a meia hora, com sorte” e “estou no elevador da outra torre” significa “não me maces, mulher, que sou preciso noutro lugar”. Há sinais que o delatam: o porta-chaves com a chave do carro que pende do bolso, deixando a marca de fora. A camisa, não entalada, a cair-lhe em grande estilo por cima das calças de ganga, que são de marca e vincadas, claro. Usa sapato fino e nota-se, de uma forma geral, que há anos que não carrega um balde, quanto mais um carrinho de mão. Não admira que não saiba que uma obra suja, olhando para o seu aprumo; ele simplesmente não frequenta. Para melhorar tudo, trata toda a gente por tu, desde o empregado ao cliente, e pergunta muitas vezes se entendemos (porque todos sabemos que nós, mulheres, pouco ou nada entendemos).

Depois temos o Empregado do Pintas, um pobre desmotivado cuja única luz na sua vida laboral é o dia do pagamento. Nesse dia, trabalha meio tempo para ir receber o cheque e distribui com intervalos generosos de tempo as tarefas pelas poucas horas em que trabalha. Do Pintas, nem o número de telefone tem; encontram-se apenas quando este aparece, qual visão, para vistoriar o trabalho, e de caminho dar-lhe ordens. O Empregado do Pintas é um pobre desmotivado, que não entende o conceito de brio nem lhe compensa trabalhar mais rápido. Por isso traz o jornal, o telemóvel, e, se possível, companhia para conversar. O seu lema é “Calma. Muita. Calma.”

Finalmente temos não os senhorios (que desses, felizmente, só podemos dizer bem) mas sim a sua Representante na cidade, já que vivem fora. E a sua Representante é, também ela, um estereótipo. É reconhecida pela forma como trata mal a quem sente que está num degrau abaixo na sua linha nobiliárquica interna, aquela que só ela conhece, e com falsa deferência a quem sente que está acima. É um encanto na sua calça justíssima e de cintura demasiado baixa, e exibe a sua roupa interior como se disso dependesse a nossa felicidade. Naturalmente, interrompe os outros e não ouve nada do que lhe dizem, inventando explicações e justificações para assuntos que claramente não domina. É constantemente desmentida pelos factos, que ela ignora pacificamente. Afinal de contas, ela sabe.

Tudo isto para dizer o quê? Que a expressão “só neste país…”, tantas vezes ouvida na paragem do 713, não tem qualquer validade. Ele há “postais” que transcendem qualquer fronteira. (texto originalmente publicado a 21.05.2012, no blog Portugalize.me)

Weekend

Work in progress.

Something for someone. #surprise

Something for someone. #surprise

Ei-lo, o bolo de chocolate tradicional do fim-de-semana.

Sunny morning (fun while it lasts) #panamá

The weekend was spent relaxing after the craziness of the beginning of May. And, while avoiding the part of our home that is under construction (the floor colapsed due to shifts in the support structure of our building), we had a really nice time. I took my time embroidering a baby blanket for a dear friend´s baby and baked a chocolate cake (Julia Child´s recipe, with adaptations to make it dairy free), which is a weekend tradition for us. Walnuts instead of almonds, this time around.

Happy Monday!

San Miguel de Allende, México

San Miguel de Allende, #méxico

San Miguel de Allende, onde os nomes das lojas são pintados. #méxico

Tudo é bonito em San Miguel de Allende, #méxico

Confirma-se: o meu encanto com o México manteve-se até ao final da estadia. Por momentos tive medo que alguma coisa acontecesse e mudasse radicalmente de ideia. Mas não. Não fui assaltada, nem assediada, estive em lugares lindos, fui bem atendida em todo o lado, os carros pararam nas passadeiras e lavei os olhos – e a alma – com as casas, as cores, as vistas.

San Miguel de Allende confirmou o seu lugar no topo da tabela da minha paixão mexicana, seguida de muito, muito perto pela comida, e logo a seguir pela Cidade do México – ou por alguns bairros da Cidade.

San Miguel de Allende, coisa mailinda. #méxico

Quando chegámos, fomos recebidos por uma procissão na praça principal, com direito a guitarrada e cantoria, ao mesmo tempo que na Igreja Matriz se celebrava um casamento e um grupo de mariachis, à porta, esperava pelos noivos.

San Miguel de Allende, #méxico

A cidade está muito bem conservada, desde as suas cinquenta e três mil igrejas (não sei ao certo, mas são muitas), às livrarias e centros culturais, uma biblioteca pública cheia de livros e de gente, lojas e lojinhas bonitas, com pátios e fontes, e ruas empedradas e inclinadas, para ajudar a digerir a tortilha e o gelado.

San Miguel de Allende, #méxico

Assim nos recebeu o #méxico

Ficámos instalados numa casona colonial linda, de portas pintadas e quartos a dar para o pátio, pertinho do centro e dos correios, onde me deliciei na minha plática com o funcionário. Ao saber que os postais eram para pessoas fofinhas, deu-me uns selos lindos e adequados (e cor-de-rosa) para neles colar. Espero que cheguem brevemente, porque sei que são muito apreciados.

San Miguel de Allende é daquelas terras onde me imagino a voltar uma e outra vez.

Dados: ficámos alojados na Casa Schuck (muito recomendável), comemos na Hacienda de Guadalupe (também deliciosa, mas desconfio que em qualquer boteco mexicano se come bem). Fizemos compras em várias lojinhas, onde sempre, sempre nos trataram com imensa simpatia e atenção. Ah, serviço mexicano, já tenho saudades.

Mais fotografias mexicanas aqui.

"Mariana" baby blanket

"Mariana" baby blanket 
 
"Mariana" baby blanket 
 
"Mariana" baby blanket 

This blanket was a very special order for a very special niece of a very special auntie. It is full with love and now hugging baby Mariana.

It is cotton embroidery floss on cotton fabric, with cotton flannel batting.

*

Esta manta já está com a Mariana, sobrinha de uma tia especial e que tem muitas saudades dela. É feita com fio de algodão bordado em tecido de algodão e o seu recheio é de flanela, também de algodão.

Mexico in my heart

"...and your address is, please?" #méxicodf

A city with a local "cafebrería" has to be one of a kind. So is #méxicodf

"tout chocolat". Need I say more? #méxicodf

Inside Mercado Medellín, #méxicodf

There's beautiful type everywhere. #méxicodf

I´m back from Mexico, but I guess my heart is still there. When I need inspiration, I look at the images I caught of beautiful buildings, streets, fountains, type, pattern, you name it. I loved it so, so much, what a beautiful place.

Now, I´m no longer accustomed to that crazy low humidity level, people! 🙂 (Which makes me think of my friend J., who, no longer in Mexico, could not picture washing hands without immediately moisturizing them – now I get it.)

Cowl IX

Cowl IX

While it is getting warmer on the northern hemisphere (and here in Panama is always, always hot), down under it is getting very cold.

This is a pure merino hand-knitted cowl, great for wearing directly on the skin. It is available for purchase at a great, discounted price (and we ship worldwide).

*

Mientras llega el verano en el norte, en el sur llegan las temperaturas bajas. Este cuello es perfecto para combatir el frío y se puede usar directamente sobre la piel. Está tejido a mano y está disponible a un espectacular precio rebajado. Enviamos a todo el mundo.

*

Enquanto o verão chega ao hemisfério norte, no sul já se começa a sentir o frio. Esta gola é perfeita para evitar esse fresquinho malandro e pode ser usada directamente sobre a pele. Está disponível e em promoção.

Price | precio | preço: US$74 (original US$99).

To order | para comprar: Send us an e-mail to | Escríbanos para | Escreva-nos para abbrigate(at)gmail.com (replace the “at” with “@”)