Month: December 2010

Calendário do Advento, dia 17

Orange spongecake with chocolate

2010 foi um ano de muitas mudanças, nomeadamente a de casa, país e cultura. Foi um ano muito difícil e trabalhoso, e – apesar das muitas viagens – praticamente sem férias.

Já tenho as malas feitas, os presentes (feitos à mão!) terminados, os trabalhos fechados, tudo despachadinho para ir, tranquilamente e sem sequer levar o tricot, de férias.

O bolo da foto já foi, claro está, mas parece-me ser uma boa fotografia para ilustrar este post em que me despeço até para o ano e desejo a todos um óptimo Natal e um 2011 muito bom.

Happy Holidays!

2010 is close to its end and the holiday season is upon us. Handmade presents are wrapped (and photographed, but not posted due to potential spoiler danger), bags are packed with winter clothes and pojects are all finished.

I´m not even bringing my knitting – just a sketchbook– as there´s plenty of cooking, baking, wrapping, decorating, meeting friends, being with family… all that waiting for me there!

Happy Holidays everyone, and see you in 2011!

Calendário do Advento, dia 11

Estamos todos de acordo em relação à qualidade das fotografias: não são as coisas mailindas que já vimos à face da Terra. E quanto à decoração natalícia da cidade? Será que estamos de acordo?

Assim se faz o Natal no Panamá.

(E, em memória do jornalista Carlos Pinto Coelho, vamos todos cantar aquela melodia do final do “Acontece”.)

Olhá zine fresquinha!

We´re in Panama! #7

A zine de Dezembro está no ar! Espero que gostem!

"We’re in Panama!" #7, the moisture issue, is here!

We´re in Panama! #7

The December issue, dealing with those (bad) mouldy surprises we´ve been having, is here! Download it here, it´s free!

Please leave a comment or send me an e-mail with your stories and photos reading it. It´s always a pleasure to know how you enjoy and explore it! Thank you.

Links to previous issues are right there on the sidebar. Enjoy!

Calendário do Advento, dia 7

Apesar de estes floquinhos nada terem que ver com a situação que vivo neste momento – a muita precipitação, lá fora, é mesmo em estado líquido – o número de Dezembro da zine tem uns quantos lá postos. Enquanto não está pronta, aqui fica a amostra.

Hoje finalmente comecei a sentir o espírito natalício (confesso que o calor não ajuda): ouvi uma canção de Natal e a história por detrás da sua criação, olhei para os floquinhos, pensei em chocolate quente, tricot e sobrinhas para aquecer o coração e fiquei contente por saber que em breve estarei em Lisboa.

All work and play

Playing with rubber stamps

I think that the best part of my work is that so many times it feels just like play. I´m now working on the December issue of my e-zine but stamping all these words just make them look and feel so much better.

Calendário do Advento, dia 4, ou "tradições natalícias de outras partes")

No Sábado passado fomos convidados para ir rebentar a tradicional piñata navideña. Não tirei fotografias, mas aqui poderão ver o respectivo aspecto.

Assim, sem saber ler nem escrever, partimos nós para a festa da piñata, na total ignorância sobre o que esperar – e mesmo sobre o que levar.

Chegámos a um dos muitos condomínios fechados de Costa del Este – que praticamente parecia uma aldeia do Natal, já que as casas todas iguais tinham quase todas renas, trenós e senhore de vermelho insufláveis por todos os lados. Ali, sim, já se vive o Natal, como que ignorando pacificamente o calor que o Pai Natal deve estar a passar com aquele traje vermelho tão abrigado.

Quando chegámos a casa do nosso anfitrião deparámo-nos com uma imensa festa, com gente muito aperaltada, DJ e grandes colunas e, no meio, a famosa piñata.

O significado da dita é muito interessante e curioso: tem sete picos, que representam os sete pecados mortais (alguém os sabe enumerar?). Uma pessoa de olhos vendados (símbolo de fé) usa um pau – a ferramenta de Deus para combater os pecados – para rebentar a piñata. Quando isso acontece, de dentro saem os frutos da erradicação dos pecados. Neste caso, saíram pequenos brinquedos (bolas, apitos e ioiôs) e muitos doces (chocolates e pastilhas elásticas). Diria mesmo que estes frutos originam o pecado da gula!

Mas a gula-gula, que é como quem diz a “gula-guleira”, veio mesmo com o jantar, que estava perfeitamente delicioso. Os anfitriões, mexicanos, convidaram-nos a todos para um convívio de tacos, com as famosas tortilhas de milho e diversos recheios para as acompanhar. O mole (febras de frango em molho de chocolate) estava de lamber as pontas dos dedos e chorar por mais e o puré de feijão era pura poesia. A guacamole estava também deliciosa – e como não gostar de uma boa guacamole, ainda por cima feita por quem a sabe mesmo fazer.

A sobremesa fez-me lembrar Portugal: uma magnífico arroz doce tal qual o da minha mãe, assim humidinho e com os grãozinhos de arroz agulha bem al dente. Delícia total.

Depois de todas estas tentações – e todos sabemos que a comida mexicana não é conhecida por ser levezinha e dietética – só mesmo um passinho de dança para fazer descer a refeição.

Os nossos anfitriões também são ávidos coleccionadores de presépios, todos expostos: o mexicano, uma árvore da vida, foi o meu favorito. E sabem que o menino Jesus, nestes presépios centro-americanos, não está agarrado à manjedoura? A explicação é simples: ele só é lá colocado na noite de Natal, deitado sobre uma caminha de algodão feita com as boas acções das crianças da casa. Não sei se ainda é assim nos presépios tradicionais portugueses, mas desconhecia este costume.

Apesar do calor que se faz sentir, sinto muito mais a presença do Natal aqui no Panamá que na Argentina. Curioso, não é?

(E, para quem celebra, feliz Hanukkah!)

Calendário do Advento, dia 2

Não sendo propriamente a imagem mais natalícia que já vimos em todas as nossas vidas, foi este o panorama do passado dia 2 de Dezembro. Agora falta esclarecer que este panorama não é excepcional: isto acontece muito frequentemente. Num país tropical, onde chove tanto, não entendo como é que aos três pingos caídos se inundam assim algumas partes da cidade.

Como diria alguém que sabe muito mais que eu: é a vida, menina, o que é que se há-de fazer?

Calendário do Advento, dia 1

Estrela

Porque já estamos em Dezembro e o Natal se aproxima, uma estrelinha – fotografada durante o passeio pelas rochas na Ilha Iguana, Pedasí – para alegrar os nossos dias.

(Dezembro, já?!)

Life in Panama

The other day I was painting away on my balcony. There´s plenty of sea view (I can even see the entrance to the Canal) but there´s also this view:

see our "neighbours"? :)

And as latin as Panama is, everytime I step on the balcony (be it to water my plants or hang clothes to dry), I hear the men working there whistling and shouting comments. This may sound like I´m bragging, but hearing the comments you´d know that I´m not. Just not.

Anyway, so the other day I was painting and I start hearing this guy shouting and shouting, and repeating the same word over and over. Normally I just ignore it as white noise and concentrate on the waves, but this time it surfaced to conscience.

I pause. I look over.

There´s this guy, holding his protective yellow helmet on one hand, waving and shouting: “paint me! paint me!”.

I wonder what he´d think if I asked him to model. In the nude.

Anyway, I finished my first canvas here in Panama:

It´s finished!

(…and I really, really need to replace my camera. It will be 6 years old in February.)

Coisas que eu cá sei

Hoje descobri bolor debaixo da cama, nas ripas do estrado e na parte de baixo do colchão.

Veredicto? Que nojo. Nojo, nojo, nojo.

Aqui no Panamá travamos uma corrida contra a humidade. Já perdi, nesta corrida, uma camisa. Botas e sapatos de Inverno foram limpos e apanharam sol, e no Natal vão direitinhos para Portugal, sem passar pela casa da partida nem receber dois contos.

O problema é o colchão, que é um portento de peso e de conforto e que é uma pena se se estraga. De momento, apanha sol na varanda. Vejamos se resulta.

Com 95% de humidade relativa todos os dias, o panorama é este.