Month: February 2010

Uruguai

DSC06742_2-pola

Não sei bem se se sou só eu a sofrer de déficit de mar, mas que sofro, sofro. E quando vejo o mar, quando sei que vou estar na praia, que vou ver ondas e sentir o ar cheio de sal na cara, encho-me de uma euforia qualquer que nem sabia que podia sentir. A verdade é que peixe que sempre viveu com as ondas a dois passos não sabe viver em cidade como esta, a pelo menos quatro horas de distância da praia mais próxima.

O Verão em Buenos Aires é abafado e asfixiante: à muita humidade que vem do rio juntam-se temperaturas altas e ausência de ar condicionado. Não é muito agradável. É nesta altura do ano que eu sou fã de centros comerciais porque, adivinharam, lá a temperatura é mais baixa que em casa. Felizmente, aqui relativamente perto, temos a costa uruguaia, linda, linda, vagamente parecida com a costa portuguesa, mas em grande, em extenso e com vacas.

Voámos para Punta del Este, cidade que poderia parecer uma qualquer Quarteira ou Albufeira do sul do Portugal, mas que é de longe muito mais cuidada, organizada, e sem nada daquele urbanismo bárbaro e selvagem que desfigurou uma boa parte da orla costeira do nosso país. No Uruguai, começaram tarde, mas felizmente com bastante cuidado. Nem tudo é perfeito – afinal de contas, temos uma via rápida a passar entre as casas e a praia, sem qualquer acesso pedonal que comunique a zona residencial com o areal. Mas, de resto, arruma num cantinho os projectos imobiliários balneares que vemos em Portugal. Além disso, o Uruguai tem a seu favor a baixa densidade de construção: apesar de serem um dos países mais pequenos da América do Sul, têm muito espaço para pouca gente (e muita vaca).

O mar é lindo e bravo, numas praias, lindo e manso, noutras. Ficámos acidentalmente alojados no meio da nata da sociedade argentina veraneante, mas numa ilha em forma de pousada com um ambiente tão familiar que a criançada ia jantar já de pijama. Já disse que foi uma maravilha? Foi uma maravilha. Perguntem à mãe do Príncipe, ela confirma.

DSC06681_2-pola

DSC06674_2-pola

Um dia, de carro, fizemos um passeio que nos levou a sítios que nem apareciamm assinalados no mapa: entre uma estrada de lama e a praia estendiam-se dunas sem fim, de vegetação rasteira – e algumas vacas – e, lá ao fundo, o mar bravo e de ondas altas.

Continuando costa acima, em direcção ao Brasil, fomos de terrinha em terrinha parar ao Cabo Polónio, uma aldeia perdida dentro de um parque natural onde a luz eléctrica só chega ao farol. Paragem preferida dos hippies, que convidam os visitantes a desapegar-se dos bens materiais, é uma terra linda vista de longe, mal-cheirosa vista de perto. Parece que a falta de energia eléctrica também é sinónimo de falta de esgotos. Outra particularidade desta aldeia é o acesso, que é feito nuns camiões adaptados com uma estrutura metálica tipo galeão: os passageiros empoleiram-se lá e assim fazemos os poucos quilómetros que nos separam da entrada do parque, numa paisagem de pinhal, terra batida e praia a perder de vista. A vantagem clara é que não há carros a circular – e nada paga a alegria de estar lá em cima, a ver o mar e a receber o vento salgado na cara. Maravilha.

olha o Cabo Polónio!

a caminho do Cabo

A praia no Cabo Polónio

Voltar a Buenos Aires é um choque: depois do ritmo relaxado que se respira na margem oriental do Rio da Prata, esta cidade, que tem tudo menos “bons ares”, é abafada, movimentada, demasiado densa. Mas é casa.

Quiet? No…

Kettle-dyeing

It may seem like we´ve been very quiet around here but… no! We´ve been very busy working on different designs and shipping orders but the latest challenge has been to dye our yarns.

Getting them to dry with this terribly wet weather is a whole other story, though!

*

Podría pensarse que estamos demasiado silenciosas por acá, pero no: estamos desarrollando nuevos diseños y despachando encargos! Pero el último desafío fue teñir nosotras mismas las lanas!

Que se sequen en este tiempo tan húmedo y lluvioso es otro tema…

My own olympic challenge

Yay!

Although i haven´t signed up officially for ravelympics, I set myself a knitting challenge – one of my crafting goals for 2010, which was knitting with more than one colour, using stranding as a technique.

On the opening ceremony day and the weekend after, I went away to the seaside in Uruguay and, didn´t get to it – I love knitting but swimming in the sea comes before if I happen to be near the ocean. So, lots of swimming and no knitting at all!

Upon my arrival I had a new prototype for abbrigate* to finish, so all of the previous detours to say that it was only last friday I managed to cast on for my olympic challenge. Knitting two colours the portuguese style (with yarn going around your neck for tension) is just plain easy, there´s no juggling with yarn on the right or left hands, so I highly recommend it as a good technique for this kind of pattern.

I´m knitting a pattern of my own, it will either be a dress/tunic or a short sleeved sweater – let´s see how much yarn I have for it – for one of my nieces (or for both of them, considering the first will outgrow it sometime soon-ish), with a little doll pattern on the yoke and raglan sleeves. I´m using 2.5mm circulars and white yarn is industrial alpaca and the coloured one is my own hand-painted pure wool. The result is a lightweight warm sweater, perfect for end of winter and spring weather.

I know there´s a more than huge chance of not finishing it by the end of the olympics but all in all my challenge was to knit with two colours, a mission that has been accomplished with a high degree of satisfaction. It´s amazing how many new creative knitting-doors it opens!

What are your (knitting related or not) challenges?

Inspiration

I´ve been catching up on some TED Talks I regularly download and these are absolute no-miss:

Jamie Oliver´s take on obesity as a major public health problem and the fight against it;

Jaime Lerner´s insights on city design, mobility and sustainability, definitely a lesson worth receiving;

Stefan Sagmeister explaining the power of taking time off (I liked the example of Porto´s Casa da Música visual identity project, very interesting way of going beyond what is normal in graphic design);

and the surprising talk given by Dan Pink on the science of motivation.

They´re so inspiring that I think I really need to take a nap to absorb it all. (It´s too hot to work anyway.)

Boas ideias precisam-se

Hoje, enquanto fazia uma ilustração, estava a ouvir o episódio “DNTO fights back!”, do programa da rádio pública canadiana. Já falei aqui deste podcast noutras vezes e hoje não é excepção: há sempre qualquer coisa em cada um dos episódios que me faz pensar.

Desta feita, o músico Dave Carroll conta-nos por que razão escreveu uma música especial, a “United breaks guitars”. Resumindo a história, no final de certa viagem de avião com a United Airlines, este músico recupera a sua guitarra e vê que ela está partida. Depois de fazer a queixa à companhia aérea, recebe a não-resposta, ou a resposta-não, que a companhia não se responsabiliza e que ele não vai ser compensado pelo dano material que sofreu.

Sentindo-se impotente perante a apatia corporativa e a falta de serviço ao cliente, senta-se e faz o que sabe fazer, que é escrever canções. Publica o vídeo da dita canção no youtube e tunfas, o número de cliques aumenta exponencialmente e consegue o que as reclamações não tinham conseguido.

Esta história fez-me lembrar a saga que os meus pais têm estado a viver com a PT. Não, não estou a falar de todas essas telenovelas político-corruptivas que se lêem sem fim nos media portugueses, estou mesmo a falar de puro serviço ao cliente. Resumo a história que o meu pai conta aqui e aqui: antes do fim de ano, os meus pais decidem-se a instalar o pacote de internet com fibra óptica da PT, daqueles que incluem telefone e televisão.

Os técnicos comparecem na data indicada e procedem à instalação da box na cozinha (e não na sala), já que, segundo eles, os cabos são grossos e não passam pelos canais já existentes. Além disso, fazer furos na parede não é da sua responsabilidade, argumentam.

Posto isto, não se sabe bem como, o telefone de Lisboa, com número começado pelos dígitos 21, passa misteriosamente a atender por outro número também atribuído ao meu pai (em segunda habitação), com os dígitos 275, indicativo de Castelo Branco. Encurtando razões, o telefone 275 (em Castelo Branco) deixa de funcionar e o 21 (de Lisboa) passa a ter o número 275. Confuso? Para nós também.

Muitas reclamações depois, o caso continua parado e parece que sem fim à vista. A PT, que devia tratar bem os seus clientes, não atende o telefone: manda os operadores fazer o serviço e, claro, estes operadores empregados de outra empresa qualquer, a quem a PT adjudicou o atendimento telefónico, não sabem de nada nem podem saber. Os técnicos, também de empresa exterior à PT, não sabem de nada, que em não sei quantas décadas de trabalho jamais lhes aconteceu algo assim.

E no meio disto tudo, estamos na mesma, com os números trocados e com as contas telefónicas (de três números, em vez de dois, sabe-se lá porquê) a chegar, essas, pontualmente.

Posto isto, deixo aqui o pedido de um brainstorming virtual: quem dá boas ideias para resolvermos o problema? Comentem, por favor, e deixem-nos ideias giras para fazermos novas (e mais eficazes) reclamações. Obrigada!

Coming soon

new colours coming up!

New colours coming soon! * Nuevos colores muy pronto!

Adoro fazer anos

E ontem fiz anos. Adoro! Que venham muitos mais, pelo menos tão bem comemorados como este, sempre com a companhia do meu Príncipe.

A vida é bela.

Toasting for another wonderful year

Yesterday was my birthday – I love it when it´s my birthday! I had a wonderful day pampering myself and having fish on every meal (sounds dreamy to me!). I toasted for all my blessings and for my dear friends and family members, and specially for those close to me who are battling against difficult diseases.

Life is good. Here´s to that!

Quem disse que o tricot era coisa chata?

Quem disse, bem, resumidamente, é muito choné.

(Link enviado pela Prainha. Obrigada! Fizeste-me rir!)

This is fun

A dear friend of mine sent me this link earlier today and it kicked my day off with laughter. Knitting is fun.