Month: November 2008

The magic of music | A magia da música

2008.11.24_02b
Yesterday was a day packed full with emotions. It doesn´t happen everyday, so I think it is good to celebrate it. The day started with rather sad news, which are part of life too. The fact that they came early in the day and first in the sequence of events might have had an impact too.

In the afternoon I had my painting class, the last one of the year. Summer break is starting as of next week and regular scheduled classes will only resume in March, so it is a rather long time without these weekly meetings. The final session was to be a special one, with our model dancing.

For the final exercise, the chosen music was very special to me, as I had brought those CD´s myself. I´ve already mentioned it here, actually, but still it amazed me to see how people responded to the music. We were painting and dancing and enjoying the music and the results were so beautifully different. On the analysis that follows these sessions, where we see and comment on everyone´s work, more than one mentioned the music´s impact.

It´s very difficult to describe it, I believe. There are some things that can only be lived, not told.

More images here. And Rodrigo Leão´s website here.

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Sobre este episódio escrevi, em português, no meu blog pessoal. Porque não vale a pena repetir, leiam aqui.

Mais fotografias do trabalho realizado ontem na aula de pintura, aqui. E ainda o site do músico autor desta música maravilhosa, Rodrigo Leão.

Há dias assim

Hoje o dia começou com uma notícia triste e o peso da distância e do oceano que me separa de Portugal fez-se sentir com força. Queria poder ter uma máquina de tele-transporte para estar em Lisboa esta noite e poder acompanhar os amigos durante o dia de amanhã. Não sendo possível, que não é, espero poder dar-lhes um grande abraço quando nos virmos, daqui a um mês.

As cores do dia foram mudando com a ida à aula de pintura, onde hoje sucedeu uma coisa maravilhosa. Hoje tivemos a última aula do ano e o exercício que fizemos foi com a modelo a dançar. Poses fixas? Nada. Dança, poses elegantemente efémeras, pincel, trincha, espátula e mãos a funcionar, desligadas do cérebro.

No último exercício o professor pôs uma música que eu levei e a resposta das pessoas foi, para a descrever de alguma maneira, electrizante. As pinturas de todos os participantes foram diferentes e todos, todos comentaram na análise final que a música tinha sido inebriante e factor decisivo no resultado.

Qual foi a música? A banda sonora original do documentário “Portugal, um retrato social”, de Rodrigo Leão.

Não me canso de a ouvir.

Acrescento aqui, já que hoje a música está tão presente neste blog, que dedico aos meus amigos a magnífica obra “Requiem for a friend” de Zbigniew Preisner. Não resolve, mas consola.

"Ceguera"

Na sexta-feira fui ver o filme “Ceguera“, a adaptação cinematográfica do romance “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago. Para resumir: o realizador, Fernando Meirelles, e restante equipa estão de parabéns pelo magnífico trabalho. O filme é tão potente, tão cru, tão feio, ao mesmo tempo com momentos de extrema beleza e ternura, numa alquimia perfeita. A maneira como são exploradas as relações humanas (coisa que já vinha do livro, obviamente) é de uma simplicidade maravilhosa.

Ah, como é bom poder ver coisas destas!

Buenos Aires by night (dia 30)

Buenos Aires by night_30

E assim se conclui esta série de trinta imagens da face nocturna desta cidade que me acolhe, uma cidade grande, gigante mesmo, para os meus parâmetros, cheia de coisas bonitas e de coisas menos bonitas para fotografar.

Quem me conhece sabe que eu não iria resistir à tentação de pôr aqui o Centro Cultural Konex, sobretudo para fechar esta série com chave de ouro.

No próximo dia 12, lá estarei para ouvir Kevin Johansen e seus compinchas (em arranjando bilhetes).

New website online | Novo site


I couldn´t be happier to share that my new website is now online here. There you can see my design work as well as illustration projects.

Please drop by and do send me a line with your comments, requests or suggestions.

Thank you all for your support!

Other links you may be interested in: my flickr page and my personal blog (in portuguese).

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Que alegria sinto por poder anunciar que o meu novo site está online! Contém projectos de design e também de ilustração.

Convido-vos a passar por lá e a fazer os vossos comentários, sugestões e pedidos para o meu email.

Bem hajam!

Outros espaços meus: no flickr e o meu blog pessoal.

Buenos Aires by night (dia 29)

Buenos Aires by night_29

Sobre este restaurante, o Sucre, já aqui falei. Voltámos lá recentemente com uns amigos mexicanos, que se deliciaram com o lugar e a refeição.

(Não sei porquê, mas este Buenos Aires by night anda muito relacionado com esta temática… por que será?)

Buenos Aires by night (dia 28)

Buenos Aires by night_28

Para quem já cá esteve, uma pequeníssima tortura: gelado de banana, hmmmm…

Para quem ainda não esteve: visita a Buenos Aires que se preze tem (pelo menos) um gelado de banana do Freddo. Não importa a dieta nem se está frio lá fora. Banana do Freddo é banana do Freddo e não se fala mais nisso.

Coisas chiras

Hoje falei por skype com a minha sobrinha, que me disse muitas vezes, com muito entusiasmo, gesticulando muito para a câmara do computador:

“Biiii, tenho muitas saudades de tiiiii!”

C, eu também tenho muitas saudades tuas.

Felizmente já falta pouco para o Natal.

Alerta planeta

alerta planeta
This was my submission to Revista Colectiva´s “Alerta Planeta” call for entries. Sadly it didn´t get selected but I loved working on it. It goes around my favourite action to save the planet. I used to work in a studio where there was this reproduction (of what was possibly an engraving) accompanied by this simple but powerful idea: “slowing down may be the single, most effective way to save the world”. I thought this was a really good approach to the problem and try to remember it every time I get too stressed about work or lack of time to do it. This idea is so powerful that I´ve been applying it to more than a few projects, not only back in university but also later, on my professional life. I love it and try to live by it, as much as possible.

Click here to see it bigger.

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Esta foi a ilustração com que concorri para o novo número da Revista Colectiva, com o tema “Alerta Planeta”. Apesar de não ter sido seleccionada, diverti-me muito a fazê-la. Gira à volta de uma ideia que me é muito cara e que ficou para sempre gravada em mim desde que a vi, pendurada na parede do atelier onde trabalhei uns anos, e que tinha uma reprodução de uma ilustração (talvez uma gravura?) com uma frase por baixo: “slowing down may be the single, most effective way to save the world”.

Esta ideia ficou tão entranhada no meu espírito que acho que é das que mais me marcou, não só na maneira de trabalhar (porque me obriga a organizar-me para não ter de fazer tudo à pressa) como no quotidiano. Este não foi o primeiro projecto que subordinei a este tema, e seguramente não será o último.

Para ver a ilustração maior, aqui.

Boliviana

Hoje vinha pela rua e encontrei uma senhora, talvez boliviana, a vender verduras. Nada de novo até aqui. O que me chamou a atenção é que tinha umas favinhas com muito boa cara. Voltei atrás e perguntei-lhe a quanto as vendia. Com cinco pesos, nada mais, trouxe um belo saquinho de favinhas já descascadas. As que vêm na vagem, gosto de as separar enquanto falo com alguém: é daqueles prazeres que têm mesmo de ser partilhados, senão não são prazeres verdadeiros.

Voltando à senhora, talvez boliviana, talvez peruana, quiçá paraguaia, estendeu-me o saquinho para as mãos, fez-me um sorriso luminoso, agradeceu-me a compra e perguntou-me se eu era boliviana.

Não sei se foi o sorriso dela, se a pergunta, se o desejo de que le salga muy rico, señora!, a verdade é que fiz o resto do caminho até casa com um sorriso na cara.

(Consideração aparentemente lateral: quanto terei eu perdido nos anos macaenses por não falar cantonense!)

Para quem perguntou o que acontece aos puzzles cá em casa, depois de estarem terminados, aqui vai a resposta:

Que é como quem diz: divido-o em placas do tamanho da caixa, ponho uma folha de papel por baixo (a maioria das vezes são duas folhas A4 coladas, à falta de uma folha A3) e coloco as camadas qual lasanha dentro da caixa.

Se me apetecer fazer o puzzle outra vez, desmancho estas plaquitas. Se me apetecer pendurá-lo na parede (coisa que não costuma acontecer, mas quem sabe um dia ainda venho a ter uma casa imensa, cheia de paredes enormes e brancas, sabe-se lá), é mais fácil que refazer do zero.

E é isto. Espero ter esclarecido as tuas dúvidas, Fungagá!