Month: July 2008

On my desk today

My messy desk

The almost finished baby placket sweater

The couple of weeks before leaving on holiday are usually terribly busy. There are some projects that I just don´t want to leave incomplete before going. The best part is that new projects keep on coming, which is very good, considering I´m a freelancer.

Well, on my desk there are lists of things to do, there are some letters cut out of paper, left around after not using them in a preivous illustration (I like to look at them and maybe someday I´ll know what to use them for) and there´s my tea – of course.

The baby sweater is almost finished – I haven´t had a lot of knitting time, lately, and that´s such a pity…

See other desks at kootoyoo´s.

My first socks: finished!

They´re done! Followed knitty.com´s “Generic sock pattern” and managed to finish!

Workshop de estampagem oriental: técnicas batik, shibori e tritik

“Megamendun é um Batik Tradicional de Cirebon, cidade costeira de Java, que tem fortes influências chinesas, indianas e árabes. Como fui criada na China, escolhi o Batik que dizia respeito a China”, disse-me a Leonor, justificando-me a escolha deste trabalho, feito por ela.

A minha amiga Leonor (é tão bom puxar dos galões e dizer que a formadora deste workshop é minha amiga!) vai dar este workshop de estampagem oriental no novo Museu do Oriente, nos dias 19, 20, 27 de Setembro e 4 e 11 de Outubro. O workshop compreende sessões teóricas e práticas e podem ver mais detalhes do programa aqui.

Tenho pena de não estar em Portugal porque senão lá estaria! A Leonor sabe muito das técnicas (estudou-as na Indonésia), explica-as muito bem e faz uns trabalhos lindos.

On my desk


This isn´t exactly on my desk – it´s way too messy to show – but it is certainly on my mind: it´s Purl Soho´s Child´s Placket Sweater. I got the idea seeing Pepperknit´s baby sweater and even the colour she used was inspiring. As I have at least another two waiting in queue, I used green wool for the first one; there´s pink yarn and yellow yarn waiting to be knitted into the other two baby sweaters queued. I´m enjoying this pattern very much, specially because it is a great way to learn to knit in the round with circular needles, with quick and very nice results.

There´s lots more on my desk as I´ve been closing final artwork files for a whole identity package for a client, but it´s the kind of thing that I can´t show until it´s ready neither has the appeal of a fine miniature knitted garment.

And tea, of course, there´s tea. And heating, which fortunately is up and running again after a couple of very freezing days with layers and layers of clothes on top of me.

Leituras

Em matéria de leituras ando muito preguiçosa. Não sei qual a razão (hmmm… cansaço?), mas quando chego à cama, lugar privilegiado para as minhas leituras quando não estou de férias (quando estou de férias, é sempre e em toda a parte), estou tão exausta que a única coisa que consigo fazer é apagar a luz e adormecer. Por isso, não tenho lido praticamente nada, nem sequer revistas. Muito atípico.

Por isso, coloco aqui um link para algo que vou experimentar para contrariar a tendência da não leitura: é um sítio onde há ficheiros de música com a leitura de livros (audiobooks; há palavra em português?) cujos textos já estão no domínio público. A leitura é feita por voluntários e, como tal, os ficheiros são gratuitos. Vou começar a ouvir “Little Women”, de Louisa May Alcott, enquanto trabalho ou tricoto. Depois falarei da minha experiência. Não espero que se estabeleça uma relação como quando há um livro entre mãos, mas não nego à partida uma ciência que desconheço.

Encontrado via Sticks and Strings.

Mais sobre o acordo ortográfico

A Ahimsa, comentadora habitual deste blog, deixou um link que me parece ser útil e que no comentário não está a funcionar. Por isso, ponho-o aqui. Trata-se de uma explicação sobre as principais alterações previstas pelo acordo e contém também uma hiperligação ao documento completo e está aqui.

Faltou-me o agradecimento necessário: obrigada, Ahimsa!

Future | Futuro


Revista Göoo, a local independent illustration magazine, just closed the call for entries for the next issue, with its theme “Future”. This is my entry, based on an idea I love so much, the one of “time capsules”. I imagine this capsules as containers full of the things that are current and usual to us. The container is then sealed and put away (say, buried, for instance), to be opened in some years´time.

Although I don´t usually do this kind of thing with gadgets, I love doing it with letters, photos, magazines, which then are stored to oblivion. Opening them years later is such a beautiful trip in time, one that doesn´t cost you any money and brings back so many good memories.

That was my idea for this illustration too: what will people from the future think of the contents of such a capsule? What will people think of the gadgets we currently find so appealing and high-tech?

(If they print my illustration, I may well find it out when I open the magazine in the future!…)

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A Revista Göoo é uma publicação local independente feita a partir das colaborações espontâneas que respondem à convocatória periódica. A última, que terminou ontem, tem o tema “Futuro”.

A minha ideia é uma que me agrada muito e que adoro pôr em prática, a da cápsula do tempo. Nessa cápsula (ou caixa de sapatos) ponho cartas, fotografias, revistas e toda uma miríade de objectos que se ligam a determinada fase da minha vida. Deixo-a esquecida num qualquer canto da arrecadação (dos pais, claro está, lá é que se encontram todos os tesouros, não é verdade?) para a abrir daqui a uns anos.

Abrir uma caixa destas é uma viagem nostálgica e boa ao passado, daquelas em que suspiro e rio às gargalhadas (“como é que eu usei este penteado horrível e nunca ninguém me disse nada?”) e passo um bom par de horas a apreciar como (eu) era naquela altura.

Nesta ilustração usei a mesma ideia: que pensarão os habitantes do futuro ao abrir uma cápsula do tempo cheia dos nossos gadgets, hoje topo de gama e o último grito? Amanhã estarão obsoletos, mas como será daqui a cinquenta anos? Será que alguns chegam à categoria de vintage?

(se a revista me publicar, talvez venha a descobrir quando, daqui a cinquenta anos, abrir a página com a minha ilustração!…)

Bookbinding without adhesives, book II | Encadernação sem adesivos, livro II

This is the second book made during the course of the workshop taught at Papelera Palermo´s Casa de Oficios. It´s a little different from the first model done but it was really nice to build. All in all, the feeling of having made something with your own two hands is just unbeatable, specially in this digital age where no one seems to know what to do without the help of a computer.

See more photos here.

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Este é o segundo livro feito no workshop organizado pela Casa de Oficios da Papelera Palermo e leccionado por encadernadores da Asociación Argentina de Encuadernadores Artesanales. Depois da prática da construção do primeiro, este aqui não foi muito difícil de fazer. É óbvio que apesar de ser bastante perfeccionista (ui!), é um livro feito por uma principiante. Mas estou satisfeita com o resultado, sobretudo com o facto de o ter construído manualmente, artesanalmente, nesta época de predominância digital em que muitas vezes nem sabemos o que fazer sem um computador por perto. Por mim falo, obviamente!

Mais fotos aqui.

A tal coisa da pátria ser a nossa língua

Recebi um mail curioso com o título “A minha pátria é a língua portuguesa”. É um desses emails que convidam a ir assinar uma petição que protesta contra qualquer coisa, desta vez sobre a implementação do novo acordo ortográfico da língua portuguesa.

Não sendo linguista nem especialista no assunto, tenho uma opinião. Bem, é óbvio que é uma opinião e mais nada, mas quem aqui vem já sabe que lê as minhas opiniões e que elas podem ser tão palermas como outras quaisquer. Ou não, sabe-se lá.

Pois bem, sobre esta matéria, devo dizer que acho um perfeito disparate de repente o português de Portugal (chamemos-lhe “europeu”, como também lhe podemos chamar “lusitano”; esta distinção só serve mesmo para isso, para o distinguir) se transformar-se em português do Brasil.

Atenção, não estou aqui a advogar a superioridade do português europeu (que, curiosamente, para mim está do “outro lado do Atlântico”) nem da inferioridade do português do Brasil. E sim, bem sei que é um acordo entre todos os países da CPLP, mas chamemos os bois pelos nomes: a questão cinge-se a – praticamente – só estas duas variantes, a portuguesa e a brasileira. Retomando, não estou a advogar a superioridade de uma em relação à outra variante. Apenas acho que não é por de repente em Portugal termos de escrever “úmido” sem “h” ou “fato” sem o “c” que os brasileiros nos vão entender melhor.

Separemos aqui as águas: um brasileiro que leia palavras como “adopção” sabe perfeitamente do que se trata, tal como um português que leia a palavra “adoção”. O que um brasileiro, regra geral, não entende é quando um português fala com o seu sotaque habitual: fechado e sibilante. Ora o acordo não prevê a alteração da fonética, ou prevê? Ainda que preveja, lamento, mas não vou dizer “fato” quando quero dizer “facto”. Para mim são coisas bem diferentes.

A questão prende-se com a grafia (dado que é um acordo ortográfico). Hoje em dia há editoras em Portugal que escolhem “adaptar” para português europeu livros escritos originalmente em português brasileiro. No Brasil, o caso é igual. Para quê, se a grafia também confere carácter ao texto? Sobretudo sabendo que os falantes de cada uma das variantes nacionais reconhece a outra e entende perfeitamente o seu significado.

No fundo, tudo isto me parece apenas uma questão política: enquanto que Portugal tem pouco mais de 10 milhões de habitantes, o Brasil tem mais de 186 (dados da wikipedia; mesmo que não estejam correctos, o que não me parece, a diferença é sempre substancial). Que Portugal queira assinar um acordo ortográfico que muda a sua grafia para ficar igual à brasileira, para mim não passa de uma manobra política: assim todos falamos a mesma grande língua, sem variantes nacionais, dado que todos vamos escrever (oficialmente) da mesma maneira. É como ter um pequeno Portugal à frente de todos os outros países de língua oficial portuguesa. E não há muita paciência para revivalismos! A língua já é a mesma, com as variantes nacionais e regionais de todos os países que a partilham. A meu ver, estas variantes enriquecem a língua e estar a unificá-la, pelo contrário, empobrece-a.

Para mim, Portugal fazia bem melhor em aumentar a sua presença no Brasil, para deixarmos de ser todos Marias, Manéis, padeiros e parolos. E para ver se os brasileiros passavam a entender-nos quando falamos, tal como nós os entendemos a eles. E atenção: esta não é uma crítica à falta de ouvido dos brasileiros. É, sim, à incapacidade de Portugal de se representar culturalmente com força no estrangeiro, nomeadamente no Brasil.

On my desk

On my (messy) desk there´s an illustration I´m working on.

(I think today´s tea is easier to spot…)

More desks at kootoyoo´s.

Tanto e tão pouco que contar

Nesta terra ao sul do sol posto passam-se muitas coisas. E, no fundo, é sempre a mesma. O ambiente está quente: literal e metaforicamente. Hoje tivemos um dia de fim de Primavera, com a temperatura a chegar aos 26º. Talvez mais, não controlei. Aproveitei para pôr o estendal lá fora e ver se a roupa seca.

O estendal é, pois, o fio condutor: pu-lo na varanda porque hoje, ao contrário de quase todos os outros dias, não há muito trânsito. E porquê? Porque hoje, mais uma vez, houve manifestações. Fecharam ruas (artérias principais da cidade) e lojas, bancos e serviços fecharam ao meio-dia.

E sim, tudo isto por mais manifestações. Desta vez, duas. E grandes. Uma convocada pelo governo. Outra pelos produtores agro-pecuários. Também vos parece que se trata de uma medição de forças? Como quem diz: uma comparação de comprimentos de certos apêndices? Ou quem tem o carro mais veloz?

Pois.

Já lá vão quatro meses de conflito entre uns e outros, com greves, faltas intermitentes de abastecimento de alimentos, tendas em frente ao congresso, muitos cartazes, muita propaganda, muita demagogia, muita tinta, muita conversa e muita discussão. Ardente. Acalorada. Nunca vi ninguém polarizar-se desta forma só por o interlocutor pensar diferente. Quem não pensa igual é imediatamente “energúmeno”. Para mim, esta situação roça o inacreditável num país que, como a Argentina, tem tudo: gente, capacidade, terra.

Não sei que contas se vão fazer no fim do ano mas acho que o PIB argentino vai sofrer um duro golpe. E tudo isto por teimosia.

Custa.

German language exam | Exame de Alemão

I´m not even blogging right now. I´m not even inserting the corrections sent by a client on their flyer. I should be reviewing vocabulary, sentences, letters to the editor and exercising hearing comprehension. But then I realise that whatever I didn´t learn until today, I won´t learn it in the next few hours until the exam.

So wish me luck and tomorrow is another day, maybe even a blogging day.

*

Nestas poucas horas que faltam para o exame deveria estar a fazer outras coisas, como rever vocabulário, construção da frase, acusativos, dativos e genitivos. Mas ainda tenho de inserir correcções no trabalho para um cliente e só depois me poderei dedicar às últimas revisões. Mas também acho que não será hoje que aprendo aquilo que não consegui aprender nos últimos quatro meses de estudo e de preparação para este exame.

Estou a fazer figas para saber resolver as perguntas “armadilhadas”, distingui-las das que são só “fáceis”, e conseguir ter uma boa nota. Desejem-me sorte!