Dia da Liberdade

Já se passaram uns dias largos sobre o dia 25 mas só hoje realmente soube o que escrever sobre o assunto.

Por cá o dia passou-se sem notícia. Não foi feriado nem fim-de-semana prolongado e as únicas celebrações foram através dos parágrafos nos blogs que visito regularmente.

Só hoje, ao escutar o podcast das notícias em português da Deutsche Welle desse dia, é que me arrepiei ao ouvir uma pausa na narração e depois a batida da Grândola Vila Morena.

Se é certo que não vivi o “antes”, só o “depois”, a vivência argentina tem sido muito útil para imaginar como terá sido o passado. Não que aqui se viva em ditadura, porque não é verdade. Mas vive-se num ambiente de desinformação (o lápis azul cá mudou de tom, mas funciona na mesma, umas vezes a favor de uns, outra a favor de outros), de propagandismo, de convocação coerciva de (algumas) massas a alguns actos públicos de apoio ao governo, e assim por diante.

Não querendo estar a cuspir na sopa – porque a Argentina lá me vai acolhendo – a democracia por cá ainda é uma criança. E esse facto deixa-me muito grata por ter havido um 25 de Abril no meu país, quatro anos antes de eu nascer.

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2 comments

  1. alcinda leal says:

    Há dias comentei num daqueles blogues dos intelectuais- parece que no cinco dias- que aquelas criaturas que falam desabridamente do 25 de Abril precisavam de uma viagem ao passado na máquina do tempo…não me ocorreu mandá-los para um desses países em que é possível comparar e agradecer a existência de um 25 de Abril…
    bjsffbxz

  2. Flor de Côr says:

    Gosto de passar pelo teu blog. A Argentina para mim tem um sentimento especial apesar de nunca ter lá ído. Tenho vários familiares em Buenos Aires e vivem tristes precisamente pelas políticas de suborno e de interesses. De qualquer modo, está a melhorar não é verdade? Beijinhos, Flor Gomes

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