A menina Salta?

Salta la Linda esteve linda esta semana. Menos linda esteve Jujuy, a última “grande” cidade argentina antes da Bolívia. Talvez também devesse pôr “argentina” entre aspas, porque aquela Argentina é completamente diferente desta daqui de Buenos Aires. Ou então aqui é que é uma Argentina entre parêntesis, uma bolha de gente, negócios e algum dinheiro.

Em Salta comemos empanadas, humitas e tamales, já para não falar do fantástico locro (que, dependendo da receita, tem um pouco mais – ou demais – cartilagens e ossos a dar o gosto ao estufado em forma de sopa). É uma pequena cidade de interior, que, tal como a capital federal, se divide por eixos que definem a contagem dos números das portas. Para baixo do eixo, tal como aqui, a cidade tem claramente menos dinheiro e é feita de pequeno comércio, oficinas e residências mais modestas. Para cima do eixo, todo um outro mundo: o centro histórico colonial e casas lindas, algumas apalaçadas.

Está rodeada de montanhas – os Andes – e no centro há um teleférico que sobe ao topo do cerro de São Bernardo. De lá, vê-se tudo. A cidade é pequenina, e na brochura que o teleférico faculta vem uma plantinha com os pontos de interesse. Na lista, até supermercados aparecem, a par da estrada para San Antonio de los Cobres e da Catedral.

As igrejas são lindas – a Catedral de Salta enfia a de Buenos Aires num chinelo – mas sempre com a bandeira nacional ao lado da do Vaticano… aqui, a autoridade é uma entidade meio confusa, uma mistura de Estado e Igreja.

De Jujuy não vale a pena falar muito. Noutra altura, uma palavrinha sobre a sinistra residencial onde ficámos alojadas e a onda esfumada de surrealismo sem limites do “dueño”. Noutra altura.

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One comment

  1. António says:

    Tá bem tá, só se torna público o que convém… e o resto, a quem é que se conta?

    Beijinhos

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